Um gravador e dois celulares encontrados dentro da caminhonete onde a policial militar Cássia Silva Machado foi achada morta passarão por perícia. Marido dela, o também policial militar Jorge Augusto Rivarola Saito foi assassinado com dois tiros, em Presidente Epitácio, e a suspeita é que Cássia tenha cometido o crime e depois o suicídio.

O casal havia sido transferido em janeiro deste ano de Campo Grande para Bataguassu, mas moravam em Presidente Epitácio. Antes de ser transferido, Jorge fazia parte do Batalhão de Choque de Campo Grande. O militar foi morto com dois tiros no peito e encontrado por colegas de farda que foram até a sua casa, após o casal não aparecer para o plantão de terça-feira (20).

Documentos de Jorge foram encontrados dentro da caminhonete, como também comprovantes de pagamento de pedágio, do dia 2 deste mês e de uma academia. Os cartões bancários do militar também estavam no carro, além da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de Cássia.

A caminhonete foi encaminhada para a 5ª delegacia de Polícia Civil, onde também deverá passar por perícia. 

As mortes

Cássia foi encontrada por volta das 7h20 por um trabalhador da fazenda onde o carro estava parado em frente, na estrada que dá acesso à Gameleira. O funcionário contou que chegou para trabalhar por volta das 7h20 e visualizou o veículo parado com uma pessoa dentro, mas suspeitou que estivesse dormindo. Pouco tempo depois, após desconfiar da situação ligou e informou o patrão e depois a polícia. 

Na caminhonete onde Cássia estava foi encontrada e recolhida uma pistola. O veículo estava com os faróis acesos. A delegada Rafaela Lobato falou que a principal linha de investigação é de homicídio seguido de suicídio, e que as polícias de Mato Grosso do Sul e de São Paulo vão agir juntas na investigação dos casos, que estão ligados.

Transferência

Conforme consta no Diário Oficial do dia 23 de janeiro de 2023, com assinatura da transferência no dia 19 de janeiro, Jorge foi transferido do Batalhão de Choque para a 7ª Companhia Independente de Polícia Militar de Bataguassu, cidade a 311 km de Campo Grande. A justificativa seria “necessidade de serviço”. Jorge era cabo da PM e estava na corporação desde 2015.