Funcionários de Caetano, morto a tiros, falam incrédulos sobre assassinato: ‘muito correto’

Antônio Caetano foi assassinado com três tiros na cabeça

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Danielle Errobidarte, Midiamax)

Funcionários do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, assassinado a tiros na manhã desta segunda-feira (13), durante uma audiência de conciliação no Procon, falaram da ‘boa pessoa’ que o patrão era. O empresário foi assassinado por um policial militar reformado após um serviço feito na caminhonete do autor.

Um dos funcionários contou ao Jornal Midiamax que Antônio sempre foi muito correto em tudo que fazia e sempre ajudava a todos. “Era um excelente patrão e pessoa”, disse. Os funcionários da empresa estavam incrédulos e abatidos com o crime que aconteceu nesta manhã.

Ainda segundo um dos funcionários, Antônio sempre documentava tudo e que era o primeiro serviço que o policial fazia na empresa. O serviço foi feito em dezembro, e foi dito ao militar que muitas distribuidoras fecham no fim do ano, sendo que a garantia estendida seria dada após a volta das distribuidoras. 

Mas, neste meio tempo, José Roberto entrou com uma reclamação no Procon alegando ter sofrido transtornos neste período. Ele havia pedido uma indenização. Mas, a causa foi ganha pelo empresário que demonstrou através de documentos que havia refeito o serviço para o militar assim que foi cobrado do defeito.

Já nesta segunda-feira (13), durante a conciliação, o empresário cobrou o policial sobre os R$ 630 que ele havia ficado devendo e, nisso, José Roberto se levantou dizendo que iria pagar a dívida e atirou contra Caetano, que morreu no local. 

Em seguida, o policial fugiu a pé pelas ruas centrais da cidade. O policial entrou para a reserva em 2015, segundo a assessoria de comunicação da PM. O filho de Caetano contou ao Jornal Midiamax que acredita que o crime tenha sido premeditado.

Segundo o filho do empresário, o policial trocou o motor da caminhonete no fim do ano passado, mas deu problemas e o militar reformado reclamou, sendo que voltou a empresa para refazer o serviço, mas ocorreu a demora, já que era fim de ano e a empresa entrou em recesso. Neste período, o policial acabou entrando com uma ação no Procon.

Mas, o serviço foi refeito e Caetano havia pedido para que o policial retirasse a queixa no Procon, já que tudo havia sido feito. Nesta segunda (13), o empresário estava na sala de conciliação e o policial reformado teria sido cobrado desse saldo devedor de R$ 630, quando o militar teria dito “vou pagar”.

Falhas na segurança serão apuradas

Falhas de segurança no Procon, em Campo Grande, deverão ser apuradas após o assassinato do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, segundo Patrícia Cozolino, Secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O empresário foi morto com três tiros na cabeça.

Segundo Patrícia, a secretária executiva de Brasília do Procon deve vir a Campo Grande para apurar possíveis falhas ocorridas nesta manhã. No momento do crime, havia quatro seguranças patrimoniais no local.

Ainda segundo a secretária, a triagem será reforçada e será estudado se existe a necessidade de instalação de detector de metais na entrada. De acordo com Patrícia, o autor entrou na sala de audiência nesta segunda (13) para buscar um documento que havia esquecido na última sexta-feira (10), após não ter êxito na audiência. 

Conteúdos relacionados