O motorista que deixou Iranildo Roa Tomicha, de 24 anos, em uma residência do Bairro Jardim Morenão, após ele ser baleado e morto por um policial penal em uma barbearia, se apresentou à polícia na tarde desta quarta-feira (28). Durante depoimento, ele alegou que estava fazendo uma corrida de aplicativo e não sabia do crime.
O rapaz, de 28 anos, alegou que tinha pego Iranildo no Bairro Dom Antônio e o levaria para a Casa do Albergado, quando ele teria pedido para parar em uma conveniência, que fica ao lado da barbearia. “O Iranildo estava em regime aberto e, no meio do caminho, pediu para parar na conveniência, mas depois veio correndo para o carro”, explica o advogado de defesa do motorista, Caio Frazão.
Segundo o advogado, seu cliente não viu que Iranildo estava baleado ao entrar no carro e, por isso, autorizou que ele entrasse no veículo. Entretanto, a explicação do motivo do motorista ter deixado Iranildo na residência de sua própria mãe, ainda não foi esclarecido. “Isso será melhor explicado durante o processo”, afirma Caio.
Em seguida, o motorista alegou que fugiu por medo da situação, já que chegou a ler notícias na internet sobre o ocorrido. Ele abandonou o carro em uma residência do Bairro Dom Antônio, que segundo o advogado é onde mora, e esperou para procurar pela defesa. O carro seria locado para ele trabalhar como motorista de aplicativo.
Roubo e morte
Iranildo foi morto por um policial penal durante tentativa de assalto no Jardim Morenão na noite da última sexta-feira (23), em Campo Grande. De acordo com informações, um homem chegava de moto em uma barbearia na Rua Goiatuba, momento em que foi abordado pelo autor armado.
Iranildo então anunciou o roubo, porém a vítima não entregou a motocicleta. O bandido então disparou contra o motociclista que foi atingido no rosto. De acordo com apurado, o tiro pegou de raspão na vítima, já que ela, segundo testemunhas, estaria consciente e conversando.
Dentro da barbearia havia um policial penal que saiu após o disparo dado pelo autor no lado de fora. O policial penal então atirou contra o assaltante. Após ser atingido, o ladrão correu para um carro onde um comparsa o esperava.
Ambos então fugiram, porém, Iranildo morreu dentro do carro, ao lado do comparsa que dirigia na fuga. Ao ver que ele havia morrido, o condutor jogou o corpo de Iranildo em frente de uma casa na Rua Francisco Amaral Militão. O corpo caiu na frente da casa da mãe do motorista que fugia após a tentativa de roubo.
A mãe dele puxou o corpo do amigo do filho, que já estava morto, até a varanda da residência. O motorista do carro está foragido. O local onde ocorreu a tentativa de roubo fica a aproximadamente três quilômetros até onde o corpo foi deixado.
Carro usado na fuga
O VW Gol utilizado na tentativa de roubo foi localizado em uma casa no bairro Dom Antônio Barbosa no final da noite.
