A família de uma paciente internada no Prontomed da Santa Casa de Campo Grande registrou ocorrência na Polícia Civil após cair em um golpe e perder R$ 3,3 mil em uma suposta compra de medicamento para recuperação da vítima. O contato foi feito por um golpista que afirmava ser médico que trabalha no hospital e teria passado todos os detalhes da condição clínica da paciente.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela filha de uma paciente, a mãe deu entrada no hospital para um exame, porém foi constatada uma artéria obstruída e, por conta disso, a mulher teve uma parada cardíaca.

A mulher então foi intubada e ficou em coma. Tempo depois, foi retirada a sedação aos poucos para que a mulher acordasse, mas até o momento a mulher não acordou. Na segunda-feira (28), um homem que se apresentou como médico plantonista ligou para ela e relatou todo o quadro clínico de sua mãe. Em seguida, disse que existia uma medicação que poderia ajudar na recuperação e o remédio custava R$ 4,6 mil.

A vítima disse que não tinha todo esse dinheiro, porém fez duas transações via Pix que totalizaram R$ 3,3 mil.

Ao chegar nesta manhã (29) ao hospital, a mulher perguntou para a enfermeira se já haviam dado à mãe a medicação comprada com o médico, mas a enfermeira afirmou que o hospital não faz esse tipo de solicitação e que ela teria caído em um golpe, inclusive, assim como outras possíveis vítimas.

Em nota, a Santa Casa afirma que tentativas de golpes em nome do hospital são recorrentes. “No mesmo dia do golpe citado, outras duas tentativas foram feitas. Em caso de tentativa, orientamos que a vítima primeiramente procure a polícia pra registro de Boletim de Ocorrência, e em seguida nos procure através do telefone 67 3322 4050, para o acompanhamento do caso e acolhimento à família”.

Ainda conforme a nota, o hospital diz desconhecer como os golpistas teriam obtido informações de pacientes e defendeu as investigações policiais. “Esperamos que em breve as autoridades identifiquem a causa. O médico mencionado, Marcelo Uchoa, não faz parte do corpo clínico do hospital”, detalhou.

Conforme o diretor técnico, Dr. William Lemos, a Santa Casa não entra em contato com familiares pedindo dinheiro. “Mesmo em pacientes da linha privada, as cobranças são feitas de forma presencial e com acompanhamento, não há em hipótese alguma o pedido de depósito em conta de terceiros”, reforçou.

“É um golpe que estão aplicando em nome da Santa Casa”, finalizou.