Valdemar Kerkhoff Júnior, de 41 anos, executado com tiros de pistola junto com irmão Eder Kerhoff, de 39 anos, no final da tarde de terça-feira (27) em um lava-jato de Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, tinha uma extensa ficha criminal nos arquivos policiais. Entre os registros está uma prisão em 2010.

Na época, ele foi apontado como o líder de um esquema milionário de envio de grandes cargas de drogas para facções criminosas no Brasil. A prisão realizada em Ponta Porã, fez parte da “Operação Sem Fronteiras”, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Segundo a investigação da polícia carioca na época, publicadas pela Agência Estado, Valdemar Júnior era o principal comprador de maconha e cocaína dos traficantes das cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero e Capitán Bado.

Informações também revelaram que o criminoso era o responsável pelo envio semanal de três toneladas de maconha e 50 quilos de cocaína, por semana, para os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e regiões do Sul do País.

Valdemar Júnior, ainda de acordo com a polícia, foi acusado de administrar os empresários do tráfico, adquiriam patrimônio e recrutavam pessoas para estabelecer relações internacionais, enviando e recebendo drogas para os principais líderes de organizações criminosas das cidades que abasteciam.

Quando foi preso em 2010, o criminoso também era procurado pela Justiça do Paraguai. O suspeito foi capturado após ser vigiado por quatro dias, na cidade em que foi preso, onde estava escondido. Após a captura, o preso foi escoltado até o aeroporto de Campo Grande para a transferência para o Rio de Janeiro, onde ficará aguardando decisão da Justiça.

A reportagem do Midiamax apurou que o pai dos irmãos executados no final da tarde desta terça-feira em Ponta Porã, Valdemar Kerkhoff, também foi assassinado há alguns anos em Ponta Porã.