Andrei Silva Prates, vulgo “Irmão Pedrinho”, foi preso durante operação da Polícia Civil de São Paulo nessa quarta-feira (14), acusado de ser o “gerente” do PCC (Primeiro Comando da Capital) do tráfico de drogas da região de Itaquera, zona leste. Irmão Pedrinho teria sido remanejado de Mato Grosso do Sul e chegou a ser um dos líderes do PCC no Estado.

Os policiais apreenderam mais de 2,4 mil porções de maconha, cocaína e crack em três imóveis ligados a Pedrinho, conforme noticiado pelo Estadão. Também foi cumprido mandado de prisão temporária contra ele, de 30 dias, segundo o delegado Luiz Tomani, titular da 7ª Delegacia Seccional.

Ainda conforme o delegado, Pedrinho começou a atuar em São Paulo após ter sido alvo de operações em MS. Conforme a polícia civil do estado vizinho, ele foi preso ao menos três vezes nos últimos 10 anos por roubo de caminhões e conseguiu fugir em duas delas, além de ter sido condenado a sete anos de prisão por associação criminosa.

O ex-líder do PCC teria sido mandado para Itaquera no ano passado, depois de ter conseguido ir para o regime aberto. “No MS ele era do alto escalão do PCC, chamado de ‘Sintonia Final’, mas depois de ser um dos alvos de uma operação do Gaeco, acabou vindo para são Paulo”, afirma Romani.

‘Atuação modesta’

Já em São Paulo, o delegado afirma que Pedrinho passou a ter “uma atuação mais modesta” dentro da facção criminosa. “Ele ficou responsável pelo tráfico na região de Itaquera. Comandava até entregas para a região central, um dos pontos de abastecimento seria a Cracolândia”, afirma Romani.

As investigação que terminaram com a prisão de Pedrinho começaram em fevereiro, após três outros alvos da Polícia Civil terem sido presos em bocas de fumo e apontarem Pedrinho como fornecedor. Os endereços alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos na quarta-feira (14) ficavam em Itaquera e no Parque do Carmo.

“Um deles o Pedrinho usava de ‘casa-bomba’. Ou seja, ele recebia a droga, ali era embalada e, depois, ela era distribuída nas biqueiras”, disse o delegado.

No total foram apreendidas 2,4 mil porções de droga durante a operação, sendo 1,2 mil de maconha, 911 de cocaína e 311 de “crack”, com valor de cerca de R$ 25 mil.

Ainda conforme o Estadão, o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) informou que o somatório das penas de Pedrinho é de 13 anos e 20 dias em regime fechado. “Ele começou a cumprir pena, em regime fechado, em presídio de Dourados (MS). O preso fugiu em duas ocasiões. Na segunda, em 2019, foi preso em flagrante em São Paulo, julgado e condenado”, afirmou o órgão, em nota.