Estudante de medicina no Paraguai, uma brasileira procurou a polícia para registrar queixa contra um médico cirurgião do Hospital Regional de Concepción. Ela alega ter sofrido abuso sexual do profissional, que também é tutor de estagiários.

A estudante disse à polícia e também à mídia paraguaia, que no dia 24 de novembro o acusado teria tentado beijá-la à força, após apalpá-la. Ela ainda denuncia o médico por agressão física e relata sido mordida, em plena sala de operações.

Após consultar familiares e amigos, a vítima apresentou queixa no Hospital Regional, na 1ª Delegacia de Polícia do Bairro Itacurubí e foi encaminhada ao Ministério Público. Ela solicitou o afastamento imediato do médico do cargo no Hospital Regional e da universidade onde estuda Medicina.

Além disso, anunciou que buscará assistência jurídica no vice-consulado do Brasil em Concepción, na qualidade de brasileira, já que divide o mesmo condomínio com o médico e teme por sua segurança.

Ainda segundo a brasileira, outros colegas relataram abusos semelhantes sofridos durante as aulas práticas, mas não tiveram condições denunciar o caso à polícia paraguaia e à própria universidade na qual estudam.

O diretor do Hospital Regional, Mario Pérez, confirmou que foi iniciada um processo administrativo e que o médico já foi afastado do cargo enquanto a investigação é realizada. O acusado também perdeu o cargo de professor na universidade envolvida na denúncia.