Com mais oito guardas municipais na mira do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) durante a 3ª fase da operação ‘Deviare’, deflagrada nesta terça-feira (27), em Ponta Porã, aumenta a lista de investigados na cidade.

Até agora, segundo informações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), 26 guardas da GCMFron são investigados por associação criminosa, peculato e comércio ilegal de armas de fogo. Desse total, 15 agentes já estariam presos e três afastados.

Isso significa que quase metade da corporação está envolvida no esquema, uma vez que o efetivo GCMFron é formado por mais de 60 agentes, segundo informações apuradas pela reportagem do Midiamax.

Na ação desta terça-feira, o Gaeco contou com o apoio operacional do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no cumprimento de oito mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados na cidade.

Esta é a terceira fase da operação ‘Deviare’, sendo a primeira deflagrada em 15 de setembro de 2022, quando foram apreendidos celulares e as autoridades descobriram um quadro de corrupção sistêmica por partes dos investigados.

Eles usavam das funções públicas para obter vantagens ilícitas na fronteira, principalmente de sacoleiros.

Na segunda fase da ‘Deviare’, deflagrada em 31 de janeiro de 2023, 15 guardas municipais foram alvos da operação. Oito deles tiveram mandados de prisão preventiva expedidos. Também foram cumpridos 17 de busca e apreensão.

O nome da operação faz alusão ao ato de desviar (em italiano), já que a investigação do Gaeco se iniciou em razão do desvio de armas de fogo e munições por parte de guardas municipais em uma ocorrência de tráfico de drogas, em agosto de 2021.