Dupla de criminosos presa nesta quarta-feira (5), em Campo Grande, é apontada como cabeça de esquema milionário que aplicava golpes do falso consórcio. Segundo informações da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) foram presos um homem de 30 anos e uma mulher de 23, suspeitos de chefiar o grupo que pode ter feito mais de 800 vítimas desde o ano de 2019.

Só em 2022, os criminosos arrecadaram mais de R$ 4 milhões com os golpes aplicados. Ambiciosos, para 2023 tinham intenção de bater a meta de R$ 5 milhões com o crime. 

Para dar credibilidade ao esquema que oferecia cartas de crédito, os golpistas mantinham três escritórios em Campo Grande, um deles, na Avenida Afonso Pena, a principal da cidade.

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, “a grande maioria das vítimas eram pessoas muito humildes”. Entre elas, por exemplo, uma jovem de 20 anos que trabalha descarregando caminhão e conseguiu juntar R$ 1.500 em dois anos para comprar uma moto. Apesar do esforço, apenas após o pagamento do valor a jovem descobriu que havia caído no esquema dos estelionatários. 

Outra vítima apontada foi uma idosa que investiu R$ 50 mil com a promessa de que receberia um imóvel em sete dias. 

Com a dupla presa hoje, a polícia apreendeu um automóvel Land Rover e uma caminhonete Hilux. Além disso, o homem tinha registro de 20 CNPJs, usados para movimentar o esquema e mascarar credibilidade ao negócio fraudulento. 

Segundo o delegado, pelo menos 30 pessoas chegaram a compartilhar anúncios publicados nas redes sociais pelos golpistas, no entanto, alguns deles não sabiam que a oferta de consórcio tratava-se de golpe, outros, ajudavam na divulgação do esquema criminoso.

Para se proteger, Reginaldo Salomão alerta para que antes de fechar negócios, clientes façam pesquisas em órgãos de proteção ao cliente, defensoria Pública e na própria polícia.

Em novembro do ano passado, dois integrantes do esquema já tinham sido presos pela polícia. O grupo ainda estava expandindo os ‘negócios’ para cidades de Naviraí, de onde já tinham dois registros por estelionato, Três Lagoas e Dourados