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Polícia

Em meio a contradições, homem é julgado por matar vizinho a tiros por furtos em residências

Segundo a denúncia, o motivo do assassinato seria porque o autor suspeitava que a vítima teria cometido série de furtos em residências na região
Mirian Machado -
Réu está solto até o fim do julgamento. (Mirian Machado, Jornal Midiamax)

Mateus Davalos Ribas está sendo julgado nesta quinta-feira (23) pelo assassinato do vizinho e ‘amigo’ Matheus Vitor Fernandes de Oliveira, a tiros em fevereiro do ano passado no bairro Los Angeles, em . O julgamento contou com quatro depoimentos de testemunhas, uma delas a avó da vítima, que contou que o autor foi até sua residência, onde a vítima morava, por volta das 3h daquele dia e o chamou, pedindo que levasse uma pá de ponta.

Segundo o Ministério Público, os depoimentos do réu na delegacia, na audiência de instrução e em julgamento apresentam contradições. “Não convence o Ministério Público”, disse a promotora Lívia Carla Guadanhim. 

A promotora leu o depoimento do réu na delegacia e mostrou vídeo do interrogatório na audiência de instrução. Para a polícia, ele contou que a vítima era conhecida na região por furtar residências e já havia furtado a casa deles várias vezes, por isso não aguentava mais e decidiu tirar a vida de Matheus. No dia do crime, teria visto a vítima na rua, foi até ela e lhe perguntou o que estava fazendo com uma pá de ponta, sendo respondido que iria praticar um furto. Nesse momento, o réu ficou com raiva e atirou. 

Na audiência de instrução, questionado pelo juiz, o autor disse que acordou por volta das 3h com o barulho de alguém pulando o muro de sua casa. Quando abriu a porta viu a vítima saindo da residência e foi até ele, já na rua, questionar o que queria em sua casa. Quando a vítima teria levantado a pá de ponta e com medo de ser atingido virou o rosto, atirou e saiu correndo. Disse ainda que não conhecia a vítima, apenas ‘de vista’.

Já os depoimentos da família da vítima, da avó e tios, são de que Matheus e autor eram amigos, de ‘comer no mesmo prato’ e brincar. 

O laudo necroscópico apresentado pela acusação mostra que a vítima foi atingida na cabeça e depois que caiu continuou a receber disparos. “Isso é legítima defesa?”, perguntou a promotoria.

Apesar do crime, o réu atualmente está solto e sendo julgado por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe mediante dissimulação. Segundo a denúncia, o autor foi até a casa da vítima chamá-la para fazer um serviço e o acompanhar. Momento em que caminharam por algumas quadras e quando chegaram em local ermo, de pouco movimento, o acusado aproveitou a distração da vítima e atirou contra ela, matando-a.

Crime

Uma moradora disse, na época, que acordou por volta das 5h30 da manhã com barulhos de tiros e os cachorros latindo, mas ao sair não viu nada. Já outro morador da Rua Antônio Luiz Pereira contou que saiu por volta das 6 horas da manhã para trabalhar e encontrou o corpo de Matheus na esquina.

Policiais e o GOI foram para o local e o autor acabou preso na sua casa que fica a três quadras do local do assassinato. Ele confessou que fez quatro disparos contra a vítima, mas apenas, um tiro foi encontrado na nuca que transfixou saindo na testa. O detido disse à polícia que jogou a arma em meio a um matagal logo após crime.

O autor ainda disse que a vítima vivia roubando/furtando a sua casa. “Ele roubava minha casa todo dia”, afirmou. Foi confirmado pelo primo da vítima que ela era procurada por moradores da região por fazer furtos nas casas. Informações da polícia são de que Matheus tinha passagens por roubo e furto, e quando adolescente por lesão corporal dolosa, furtos e homicídio na forma tentada.

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