Em julgamento, perito diz que Wesner morreu após sofrer pressão de 45 quilos de ar
Julgamento da dupla acontece seis anos após a morte de Wesner Moreira
Thatiana Melo, Mirian Machado –
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Durante o julgamento de Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena, acusados da morte de Wesner Moreira, em 2017, o perito criminal, Marco Antônio Araújo, arrolado para depor no plenário, afirmou que Wesner morreu após ter introduzido em seu corpo 45 quilos de pressão de ar.
Segundo o perito, ele foi chamado no dia anterior à morte de Wesner pelo delegado da época, Paulo Lauretto, ao hospital e quando chegou a vítima estava vomitando sangue e já tinha passado por uma cirurgia. “Quando se tem a ruptura do esôfago é 100% fatal”, disse o perito.
Ele ainda afirmou que a pressão exercida pela mangueira foi de 90 psi de pressão, o que significa 45 quilos de pressão de ar entrando no corpo, o que rompeu vários órgãos de Wesner. “O resultado final da força do ar que matou Wesner”, falou Marco Antônio.
Segundo o perito, se Wesner estivesse vestido, o ar iria bater na roupa e tomar outra direção. A lesão resultou em deslocamento de ar em alta velocidade, resultando em um barotrauma.
Para explicar a brutalidade e força do ar, o perito deu um exemplo de que se a mangueira de compressão tivesse sido colocada perto do rosto a uma velocidade de 15 psi arrancaria o globo ocular de uma pessoa.
O promotor no final disse para todos no plenário: “compressor de ar não é brinquedo, é material de trabalho”. A dupla é julgada por homicídio com dolo eventual por causa do risco de morte, sendo que sabiam da força da mangueira.
Antes da entrada em plenário, a mãe de Wesner, Marisilva Moreira da Silva, falou com o Jornal Midiamax e disse: “Meu luto, virou luta”. Ela ainda revelou que não conseguiu dormir e passou a noite acordada a base de chás e orando muito.
Ela contou que o coração dela ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital junto do filho. E fala da alegria do julgamento ter sido marcado, já que os autores achavam que nada ia acontecer.
Marisilva ainda disse que na época os autores alegaram que era uma ‘brincadeira’, mas segundo ela, então, deveriam ter feito entre eles. Ela lembra da brutalidade do caso, “tiraram o sonho dele de servir o quartel e o meu de ter netos”. Marisilva lembra que Wesner faria 24 anos no próximo dia 7 de junho.
A mãe do rapaz ainda contou que o filho só ficou vivo até revelar o que tinha acontecido para ela, sendo que morreu dias depois. O irmão de Wesner, Luciano Gonçalves, de 26 anos, falou estar muito ansioso e emocionado e que acredita que tudo vai dar certo.
Familiares e amigos lotam o plenário do Júri e o julgamento de Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena tem previsão para acabar por volta das 16 horas.
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