Diarista construiu área gourmet com dinheiro de venda de joias furtadas de casas onde trabalhou
Polícia identificou três vítimas e valor estimado das joias furtadas é de R$ 1 milhão
Aline Machado –
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Diarista que furtou cerca de R$ 1 milhão em joias em três residências no bairro Carandá Bosque, em Campo Grande, usou o dinheiro para reformar a casa onde mora e construir uma área gourmet. As investigações realizadas pela Polícia Civil revelam que ela lucrou R$ 120 mil com a venda dos produtos furtados.
As investigações tiveram início em maio deste ano, quando uma das vítimas procurou a 3ª Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência de furto de joias. A vítima relatou que ela e outras duas pessoas, da mesma família, tiveram os pertences furtados de suas residências. Os furtos, foram cometidos pela diarista que prestava serviço para elas há cerca de seis anos.
“Ela era uma pessoa da extrema confiança das vítimas porque trabalhava nas casas há muito tempo”, afirma a delegada Priscilla Anuda Quarti, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil. Depois que o crime foi confirmado, a mulher foi indiciada por furto qualificado por abuso de confiança e deve responder pelo crime.
Os furtos deram início a outras investigações que culminaram na Operação Gold Miner, deflagrada nesta quinta (30), contra o furto de joias em residências da Capital. Nesta manhã, o proprietário de uma joalheira foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação qualificada.
“Encontramos algumas das joias furtadas das vítimas no estabelecimento dele, além da arma, por isso, ele é o único preso porque encontramos joias reconhecidas pelas vítimas no estabelecimento dele. Não conseguimos encontrar todas as joias porque esse é um trabalho muito difícil porque as peças são derretidas”, explica.
O joalheiro preso nesta manhã é um dos 9 investigados que compraram as joias furtadas das vítimas. Ele vai passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (1º). A pena para os crimes de porte ilegal de arma de fogo e receptação qualificada pode ser de até 11 anos de reclusão.
Além dele, outras 8 pessoas são investigadas por comprarem as joias furtadas das vítimas. “Identificamos pagamentos feitos deles para a diarista”, afirma a delegada. De acordo com as investigações, depois que recebiam as joias, os ourives derretiam as peças. Quatro pessoas também foram conduzidas para prestarem esclarecimento sobre a origem de joias.
As investigações continuam e a polícia busca por novas vítimas. Até o momento, não é possível informar a quantidade de joias recuperadas. Os produtos ainda serão catalogados.
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