Uma campo-grandense grávida de cinco meses, moradora do bairro Vivendas do Bosque, foi vítima de golpe ao tentar encomendar doces e salgados para a festa de aniversário do filho mais velho, que completou 2 anos nesta semana. 

A jovem chegou a fazer um Pix de R$ 105, correspondente a metade da encomenda e da taxa de entrega. Ao enviar o comprovante de pagamento, o golpista mandou uma mensagem dizendo “golpe” e a bloqueou. 

Porém, esse crime envolve outra vítima, uma moradora do bairro Jardim das Nações. Depois de perceber que foi alvo de golpe, o marido da mulher, o estudante César Augusto Vargas Jesuino, de 25 anos, foi ao endereço informado no WhatsApp para tentar confrontar a golpista. 

Ao chegar ao endereço, Augusto descobriu que a criminosa utilizava o endereço de outra pessoa, enganando, pela segunda vez, os clientes.

A mulher que mora na residência informou ao estudante que cerca de dez pessoas já foram até o local procurando fazer retiradas das encomendas. Ela disse que teme chegar ao ponto de ser agredida por alguma vítima.

A moradora registrou um boletim de ocorrência em julho, em que relata que tomou conhecimento por meio de vizinhos que o endereço dela tem sido usado por golpistas para a retirada de bolos e salgados.

“Ela não tem nada a ver com doces e nem com a situação. Está causando transtorno, ela tem medo de alguém ir lá e fazer algo com ela por achar que ela está mentindo […] assim como eu fui lesado, ela está sendo lesada porque o anúncio continua no Marketplace com o mesmo WhatsApp e dezenas de boletins de ocorrência foram feitos”, descreveu César Augusto. 

O Midiamax decidiu por não divulgar a foto de perfil e nem dados usados nos golpes, já que é possível que também sejam de terceiros que não tenham ligação com os crimes.

Como é esse golpe?

(Arquivo Pessoal)

César conta que o golpista ou a golpista tem vários anúncios em vários perfis no Marketplace do Facebook, mas quando conversa pelo Messenger é passado o mesmo contato para acertar os detalhes da encomenda. 

Nas trocas de mensagens, a golpista informa que o combo para a festa saiu por R$ 200 e a taxa de entrega ficou em R$ 10, totalizando R$ 210. Ela pede um pix de 50% para garantir a encomenda e até chega a pedir novamente o endereço da vítima para confirmar a entrega. 

“Amiga, para essa região aqui eu cobro uma taxa de entrega de R$ 10, tá? É só para ajudar com o gás e manter meu carrinho funcionando 😅”, diz a golpista em uma das mensagens. 

Posteriormente, a golpista passa a chave aleatória do Pix. Efetivado o pagamento, o criminoso ou criminosa diz “golpe” e bloqueia o contato. 

O filho do casal completou dois anos no último fim de semana, mas a festa será no próximo domingo (10). 

“A minha esposa que fez o pedido está grávida e ela ficou bem chateada e isso está afetando um pouco ela porque quando a gente toma um golpe a gente se sente culpado, mas o culpado nunca é quem recebe o golpe, é o golpista […] isso está afetando a gravidez dela porque esse é o nosso filho mais velho e tem uma menina vindo a caminho”, conta César Augusto. 

O estudante conta que agora o casal tenta reverter a situação e precisará gastar um valor a mais para garantir a festa. Ele também registrou um boletim de ocorrência, na tarde de terça-feira (5), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

O Midiamax entrou em contato com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para perguntar como estão as investigações sobre esse golpe, mas não obteve retorno até o momento. O espaço continua aberto para manifestações. 

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