Os dois investigadores da Polícia Civil de Campo Grande, presos na noite dessa terça-feira (4) acusados de desviar uma carga de cigarros contrabandeados, continuam presos e devem passar por audiência de custódia. Um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) será instaurado.

Segundo o corregedor geral, Clever José Fante, o procedimento de investigação criminal já foi instaurado pelo Corregedoria que também abriu um PAD para apurar a conduta dos investigadores. Os dois policiais foram presos por policiais militares, no Bairro Universitário.

Os dois investigadores foram denunciados pelo contrabandista que teve a carga supostamente furtada pelos policiais, segundo ele. 

Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que um dos militares recebeu uma ligação do contrabandista dizendo que seus dois veículos que estavam carregados com cigarros foram apreendidos no dia 29 de junho na base de Vista Alegre, e que ele havia visto os dois veículos circulando pelas ruas da cidade entrando em um barracão.

Flagra dos investigadores 

Os policiais, então, foram até o local para averiguar e uma quadra antes foram abordados pelo contrabandista que relatou ter tido seus veículos apreendidos sem que nenhuma documentação fosse apresentada a ele. Neste momento, foi flagrado um Fiat Punto saindo do local e quando abordado foi percebido que no banco do carona estava um investigador da Polícia Civil.

Já em frente ao barracão estava outro investigador da Polícia Civil. Os veículos estavam estacionados no pátio do depósito carregados com cigarros contrabandeados. Durante a vistoria em uma camionete Amarok de um dos suspeitos que estava na companhia dos policiais civis foi encontrada munições. 

Os policiais disseram que os veículos foram apreendidos no dia 29, e como nenhum policial aceitou receber a apreensão, eles teriam ido até Vista Alegre para trazer os veículos e deixá-los no depósito, já que em princípio não havia espaço na delegacia. 

Os policiais civis foram levados para a delegacia. A carga de 2.540 cigarros foi apreendida e o caso registrado como peculato, contrabando e porte ilegal de arma de fogo.