As imagens que você vê logo abaixo mostram um pouco de como aconteceu o 9° Simulado de Acidente com Produto Perigoso e Múltiplas Vítimas, realizado nesta sexta-feira (6) na sentido à Dourados. 

O treinamento reuniu várias pessoas que assistiram à cena caótica e bastante real de um gravíssimo acidente com direito a gritos, choros, 5 veículos envolvidos, 15 vítimas, sendo duas mortes, três em estado grave, duas moderadas e 8 com ferimentos leves. As ‘vítimas', são acadêmicos de enfermagem que se voluntariaram para fazer a encenação.

Toda simulação envolveu 200 pessoas, sendo 50 na cena, incluindo todo o resgate.

‘Dinâmica do acidente'

Uma carreta tanque, carregada com diesel, seguia sentido norte quando se deparou com uma van que seguia sentido contrário e tentou uma ultrapassagem indevida em faixa contínua. 

Para não colidir na van, o motorista da carreta saiu da pista e acabou tombando sobre um veículo de passeio que seguia sentido sul. 

Em paralelo a isso, outro carro que seguia na mesma direção da carreta, para não colidir com a van, tentou desviar, mas perdeu o controle e bateu de frente com a van. 

O último veículo que também trafegava no sentido norte se surpreendeu com a cena e por conta de uma frenagem brusca, perdeu o controle do veículo, capotou parando em cima do outro veículo.

Treinamento

O atendimento foi feito por ambulâncias da CCR MSVia em conjunto com veículos de resgate do Corpo de Bombeiros, e o helicóptero da Polícia Militar. 

A Concessionária também disponibilizou para o exercício uma rota de inspeção, guinchos para veículos leves e pesados e um caminhão pipa.

Conforme Arrison Szesz, gerente de Operações da CCR MSVia, concessionária que administra a BR-163 em Mato Grosso do Sul, o simulado teve a participação das equipes Polícia Rodoviária Federal (PRF/MS), Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA/MS), Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), Coordenadoria Geral de Perícias, Estadual de MS e Defesa Civil de Campo Grande, além da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Grupo Ambipar, Transportadora Kátia Locatelli, Grupo Cappelletto, TBG, Casa Militar e Unimed Campo Grande.

O chefe da 1ª Delegacia da PRF em Campo Grande, Marcos Kley de Souza, explicou que a atuação daa corporação em acidente desse nível é com o isolamento da área que que seja feita a liberação das vítimas e após a retirada delas, a PRF entra com a coleta de dados, identificação das pessoas, dos carros e ainda junto a Perícia, tenta identificar a causa do acidente para a elaboração do boletim de acidente. 

“Nesse acidente houve várias infrações, a ultrapassagem indevida da van como transporte escolar, pessoas sem cinto de segurança. Outro veículo com uma criança sem dispositivo de retenção que acabou ejetada e faleceu”, explicou.

O Tenente-Coronel Fábio, chefe da seção de operações do Corpo de Bombeiros, explicou que cada instituição definiu um indivíduo para fazer avaliação e apontamentos. “Todos os acertos, erros e melhorias foram notados. Vamos nos reunir para poder fazer a finalização e melhorias de atendimento cada um na sua esfera de atuação, com isso todo mundo tende a crescer e melhorar. Como treinamento a falha pode acontecer aqui, com isso a gente vai garantir para repassar e capacitar melhor ainda o pessoal para que caso ocorra um cenário caótico como esse a gente consiga fazer um atendimento na melhor forma possível”, explicou.

Segundo o tenente-coronel, nesse tipo de acidente, que é mais comum nas rodovias e saídas da cidade, várias viaturas são deslocadas ao mesmo tempo, em funções diferentes. Nesse caso, uma equipe faz isolamento da área e resfriamento do caminhão de combustível para não evoluir a ocorrência que pode colocar em risco todo mundo no cenário. “Ao mesmo tempo, outra guarnição faz o desencarceramento, o qual é a retirada das vítimas presas dentro dos veículos, utilizando equipamentos hidráulicos e acionamento da Unidade de Suporte Avançado que consta com médicos e enfermeiros.

“Desde que o bombeiro militar entra como soldado ele é treinado para ocorrência dessa magnitude com capacitação específica, onde ele treina em cursos de combate a incêndio e cursos específicos de salvamento veicular, onde ele faz a estabilização do veículo e retirada”, detalhou.