Pular para o conteúdo
Polícia

Complexa estrutura: organização do tráfico internacional é alvo da PF que cumpre mandados em MS

Organização usava mergulhadores para colocação de drogas em navios
Thatiana Melo -
(Divulgação PF)

Organização criminosa que atuava no narcotráfico interestadual e internacional em várias regiões do país é alvo da , na manhã de quinta-feira (4), com mandados cumpridos em Mato Grosso do Sul, além de sete outros estados brasileiros.

A Operação Downfall, deflagrada pela PF, descobriu uma complexa estrutura criada pela organização criminosa que fazia o tráfico usando até mergulhadores para a colocação da em compartimento submerso dos navios, entre outros métodos. São cumpridos mandados nos estados de Paraná, Santa Catarina, , Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, , Goiás e Espírito Santo.

São 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão em vários endereços. Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Mergulhadores e drogas em navios

As investigações da Polícia Federal revelaram que a organização tinha uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo. 

Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá/Paraná, local de onde exportavam grandes quantidades de cocaína através da contaminação de contêineres (método RIP ON RIP OFF), ocultação em cargas lícitas (RIP ON na carga), em refrigeradores de contêineres (RIP ON NO REEFER), uso de mergulhadores para inserir a droga em compartimento submerso dos navios, entre outros métodos.

Foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados à atuação desta organização criminosa e, por meio de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do Paraná, também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína. 

Compras de aeronaves e barcos pela organização

Ainda segundo a Polícia Federal, os lucros obtidos com essas atividades criminosas também estavam sendo usados para subsidiar a ampliação da estrutura logística do grupo, mediante aquisição de aeronaves, barcos, empresas, imóveis, entre outros instrumentos destinados a fomentar a expansão das suas ações, além de armas de fogo e munições para intensificar o poderio bélico e a capacidade de intimidação em face de outros grupos criminosos. 

Além do esquema de narcotráfico, alguns dos seus integrantes também estão envolvidos em outros crimes, como homicídios e o tráfico de armas de fogo, munições e acessórios, que também eram fornecidas para subsidiar a guerra entre facções criminosas no litoral paranaense e impor o domínio territorial naquela região.

As investigações revelaram ainda que lideranças dessa organização empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos seus vultosos ganhos financeiros e do patrimônio multimilionário constituído a partir dos crimes perpetrados. Nesse contexto, apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem do proveniente do tráfico internacional de drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina. 

Os investimentos consistem na aquisição de apartamentos de alto padrão e financiamento com o dinheiro ilícito para construção de empreendimentos imobiliários, o que era feito com a conivência de algumas construtoras e empresas do setor envolvidas no esquema criminoso. Essas empresas são suspeitas de realizarem negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas, havendo indícios de que seus representantes tinham conhecimento da procedência ilícita dos valores que subsidiaram as transações. 

As investigações também constataram pagamentos de imóveis de luxo com altas quantias de dinheiro em espécie sem a devida comunicação aos órgãos competentes, bem como a utilização de interpostas pessoas para ocultar a identidade do real adquirente.

Nome da operação

O nome da operação Downfall faz alusão à efetiva desarticulação estrutural e financeira da organização criminosa, resultado este que é possível em razão da cooperação entre as instituições.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Casamento comunitário reúne 45 casais no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Com 25 vagas, Energisa abre inscrições para curso gratuito de Eletricista de Redes

Operação ‘Shamar’ começa nesta sexta-feira e vai até setembro

adriane lopes prefeita

Adriane Lopes promete obras no Camelódromo e Mercadão Municipal

Notícias mais lidas agora

Ex-marido que matou Cinira durante emboscada morre na Santa Casa de Campo Grande

Após ‘zerar’ nota de transparência, MPMS anuncia programa para combater desvios

eventos astronômicos

De alinhamento planetário a chuva de meteoros, espetáculos do céu serão visíveis em MS

Babi Cruz mostra foto de Arlindo Cruz na UTI após três meses de internação

Últimas Notícias

Famosos

Mart’nália posta foto seminua para homenagear Ney Matogrosso: ‘delícia’

"Isso não é uma foto, é uma mensagem ao mundo", comentaram internautas na foto de Mart'nália

Polícia

VÍDEO: Família acusa vizinho de arrastar e agredir adolescente com barra de ferro em Campo Grande

Homem tentou atropelar adolescentes com caminhonete

Cotidiano

Madrugada pode ter tempestade com granizo em Mato Grosso do Sul, alerta Inmet

Há previsão de chuva para as regiões Sudoeste, Grande Dourados, Sul e Cone-Sul de MS entre meia-noite e 18h de sábado

Política

Ex-vereador terá que pagar R$ 20 mil por expor pelos na axila de moradora em Campo Grande

Bate-boca aconteceu em sessão na Câmara de Campo Grande e gerou pedido de indenização