Demais candidatos fazem mais relatos sobre dificuldades durante TAF (Teste de Aptidão Física) do concurso da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, ocorridas neste sábado (05), em Campo Grande. Vídeo que chegou à reportagem mostra um candidato quase sendo amparado durante a prova física de corrida sob forte sol.
Na manhã deste sábado (05), um candidato passou mal durante a candidato no Centro Olímpico da Vila Nasser. Uma ambulância que estava no local prestou atendimento ao participante. Hoje é o último dia de provas e é reservada para os candidatos homens.
As temperaturas chegaram aos 35°C em Campo Grande e umidade com mínima de 15% neste sábado (05). “Eu cheguei 5h40, minha corrida era 12h30, eles não queriam deixar ir ao banheiro, não queriam deixar beber água. Ficavam gritando na nossa cabeça, falando que como nós seríamos militar, tínhamos que sofrer, ficar no sol em pé. Se a gente sentava eles pediam para levantar. O dia que eu fiz a prova, foi na quarta-feira (02). Na quinta faleceu esse menino, aí que eles começaram a mudar. Hoje já começaram a colocar água. Mas antes não tinha água e na hora que terminava a prova, eles não queriam que nós saíssemos da pista enquanto não liberassem. Totalmente desorganizado, estava seco, eu estava com uma garrafa, por isso que eu consegui terminar, por ter jogado água no rosto”, diz uma candidata que prefere não se identificar.
Morte durante prova
O candidato do concurso da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, morreu após passar mal na prova do TAF (Teste de Aptidão Física) na quinta-feira (3).
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela família, o candidato teria ficado 7 horas sem comer e beber água.
Arthur é de Goiânia e a irmã dele contou na delegacia que recebeu uma ligação na quinta-feira (3) informando que o irmão havia passado mal durante a etapa do concurso e que havia sido socorrido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, em Campo Grande.
O concurseiro foi transferido para o Hospital do Pênfigo, mas acabou não resistindo e morreu. De acordo com a irmã de Arthur, outros candidatos falaram para ela que eram proibidos de beber água e se alimentar depois de entrar no local para esperar o início da prova.
Arthur teria chegado ao local do TAF por volta das 6 horas da manhã e ficou cerca de 7 horas sem comer ou beber água, até às 13 horas debaixo de um sol de 37°C. O caso foi registrado como morte natural.
