Pular para o conteúdo
Polícia

Com suspeição, Justiça suspende ações contra advogados ligados ao PCC presos em operação

Na última fase da operação, um defensor público acabou preso
Thatiana Melo -
Militar do Gaeco durante a Operação Courrier - Foto: Henrique Arakaki/Arquivo Midiamax

A Justiça suspendeu todas as ações relativas aos advogados ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), presos durante a deflagração da Operação Courrier, que aconteceu em março de 2022. Na última fase da operação, o defensor público ligado ao advogado Bruno Ghizzi, foi afastado e depois preso em cumprimento de mandados em

A suspensão de todas as ações penais relativas à Operação Courrier foi publicada em Diário Oficial desta terça-feira (4), pela 6ª Vara Criminal de Competência Residual, até que a exceção de suspeição do magistrado Márcio Alexandre Wust.

O magistrado foi denunciado pelo após flagra de diálogo em fevereiro deste ano. 

Courrier e filho de defensor público

Peça-chave das investigações da Força-Tarefa da Polícia Civil e do Gaeco sobre a Sintonia dos Gravatas do PCC, Bruno Ghizzi tinha fontes para conseguir dados sigilosos. O advogado é filho do defensor público afastado de suas funções e depois preso, na última fase da operação. 

Com servidores da de e até funcionária de empresa de telefonia, ele obtinha informações privilegiadas que beneficiavam as ações em que atuava. Assessor jurídico na Defensoria em MS, citado em relatório do Gaeco, opinava a respeito de valores cobrados pelo escritório do advogado, para prestação de serviços, e inclusive elaborava documentos e procurações.

Ele também fazia consultas a cadastros públicos, como o CADSUS, sistema interno do local onde trabalha.

O servidor não era concursado e, segundo a Defensoria Pública de MS informou à reportagem, foi desligado logo após a Operação Courrier. A exoneração foi publicada oficialmente no dia 30 de março.

Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Bruno também conseguia informações sigilosas de empresas de telefonia celular através de uma funcionária do setor administrativo, que conforme consultado em página pessoal, atua há mais de 10 anos no mesmo local.

Através dela, o filho do defensor público de MS conseguia números de telefone e cadastros de pessoas físicas.

Outro servidor da Defensoria Pública de MS apontado no relatório do Gaeco fazia consultas ao banco de dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para o investigado.

É esclarecido que o advogado, com “auxílio de terceiros, sistematicamente violaria o sigilo de dados de pessoas diversas, no Estado de Mato Grosso do Sul, para atender interesses pessoais”.

O Midiamax também já noticiou que um policial penal auxiliava Bruno Ghizzi. Em uma das ações, o servidor público teria agido a favor do advogado e do cliente, que estava preso.

O policial penal teria articulado, em exame criminológico — de progressão de regime — a obtenção de um parecer favorável para livramento condicional do preso. Assim que conseguiu sair, o preso foi jantar e tomar um chopp com o policial penal e o advogado.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Professores da Reme se reúnem em assembleia para avaliar proposta do novo piso salarial

Justiça condena ex-prefeito por fazer papel de ‘salvador do povo’ com dinheiro público

Estudante arrastada por ônibus recebe alta médica em Campo Grande

passageira onibus

Passageira nega agressão a estudante em briga por assento em ônibus e relata confusões anteriores com jovem

Notícias mais lidas agora

Fazendeiro morre após aeronave cair no Pantanal em Mato Grosso do Sul

Presidente da Câmara, Papy deve R$ 99 mil de IPTU para a Prefeitura de Campo Grande

maicon nogueira cpi vereador

CPI do Consórcio: com voto separado, Maicon pede intervenção na concessão dos ônibus na Capital

Aos 2 anos, Davi possui hipertrofia adenoideana e mãe abre Vakinha para cirurgia

Últimas Notícias

Cotidiano

Parte de aeronave se desprendeu antes da queda que matou fazendeiro

Peça chamada profundor, que faz parte da cauda

Brasil

Senado aprova pena maior a quem fornecer drogas ou bebidas a menores

A proposta chegou ao Plenário do Senado após ter recebido parecer favorável

Polícia

Revoltados com vizinho, confusão tem casa incendiada e tiros na região da Nasser

O homem não estava na casa no momento do ocorrido

Polícia

Confira o trajeto feito pela aeronave pilotada por fazendeiro morto em queda no Pantanal de MS

A queda resultou na morte do fazendeiro e médico ortopedista Ramiro Pereira de Matos