O medo impera na região do bairro , em Campo Grande, depois da execução de Luan de Oliveira Araújo, de 22 anos, assassinado com mais de 10 tiros, na noite desta quarta-feira (18). Alguns moradores relataram ao Jornal Midiamax terem ouvido vários disparos, mas não saíram para ver o que estava acontecendo.

Um idoso disse ao Midiamax que conhecia Luan de ‘vista' e que o rapaz era sempre visto embaixo de uma árvore perto da creche onde aconteceu o assassinato. O morador, que terá a identidade preservada, ainda falou que Luan seria usuário de drogas. “Aqui só é perigoso para quem mexe com coisa errada”, falou.

Outra idosa disse que ouviu os e com medo correu para casa. A família estava indo para a igreja quando aconteceu o crime. Outros dois jovens foram feridos e socorridos para uma unidade de saúde do bairro. 

Segundo o delegado Gabriel Desterro, uma das vítimas socorridas contou que uma briga em uma festa na semana passada teria sido a motivação para a execução, mas não deu detalhes sobre quem seria o possível autor e os motivos para a discussão na festa.

Vestígio da execução no bairro Moreninhas (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Imagens e sequência de tiros

Pelas imagens é possível ver quando a chega à rua e um dos homens desce e começa a fazer os disparos. Uma sequência de tiros é ouvida e comerciantes assustados correm para fechar as portas dos estabelecimentos.  

Testemunhas contaram que Luan estava em um grupo perto de uma creche na Rua Sambacuim, quando, por volta das 20 horas, dois homens, que estavam em uma motocicleta, passaram pelo grupo e fizeram vários disparos, acertando outros dois rapazes, sendo um deles no ombro e o outro no dedo da mão direita.

Execução com mais de 10 tiros

Luan foi assassinado com mais de 10 tiros em várias partes do corpo e quando já estava caído no chão, os atiradores voltaram e deram tiros de confere na cabeça da vítima, que morreu no local. 

Já os dois jovens feridos foram socorridos e levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas. Um guarda metropolitano que estava de serviço em frente à creche ouviu os disparos e acionou os reforços para o local.

A perícia técnica recolheu a quantidade de 19 cápsulas de munições deflagradas e dois projéteis de arma de fogo. Equipes do Batalhão de Choque e do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foram até o local, mas os autores não foram encontrados. 

https://www.youtube.com/watch?v=06hshqAiwVA&feature=youtu.be