Desde a autorização para extradição, o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, aguarda o destino para julgamento. Ainda não há confirmação do primeiro país que irá julgá-lo formalmente por tráfico de drogas.
O narcotraficante conhecido por “Pablo Escobar Brasileiro”, fazendo jus a referência do colombiano Pablo Escobar, foi detido em uma megaoperação da Interpol (Polícia Internacional) em junho de 202, em Budapeste, Capital da Hungria. Segundo o jornal português Visão, ele deve ser entregue primeiro a Bélgica, em seguida para os Estados Unidos e Brasil, embora não tenha confirmação oficial, além da previsão para extradição.
Sérgio era procurado há anos, inclusive, com sequência de “alerta vermelho” da Interpol , emitida pelo Brasil. O jornal português relembra que a América do Sul e Europa, como Portugal, eram utilizadas como porta de entrada para rotas do tráfico internacional. Ele é acusado do transporte de 45 toneladas de cocaína do Brasil para Europa entre 2017 e 2019.
A Polícia Judiciária e a Polícia Federal acreditam que os 578 quilos de cocaína apreendidos no Brasil a bordo de um jato privado, que tinha como destino o aeródromo de Tires, em Cascais, pertenciam à rede deste antigo major.
O narcotraficante pode estar também por trás da tentativa de compra da empresa de aviação portuguesa OMNI, através de um esquema recorrendo a testas de ferro brasileiros. Esse negócio, investigado há largos meses em Portugal pela polícia, conta com João Loureiro como intermediário enquanto advogado.
Sérgio Roberto de Carvalho teria vivido escondido em Lisboa durante cerca de dois anos, onde a polícia apreendeu 12 milhões de euros em notas, em novembro passado.
Aposentadoria de R$ 12 mil
Sérgio ainda recebe uma aposentadoria de R$ 12.860,75 do Governo do Estado, conforme o Portal da Transparência. A remuneração considera o cargo de oficial superior aposentado, seguindo a folha atualizada do mês de abril deste ano.
