O caso do jornalista e ex-servidor do Governo do Estado, Guilherme Pimentel, foi remetido ao Tribunal do Júri, em decisão publicada no dia 13 de dezembro pelo magistrado Márcio Alexandre Wust. O jornalista matou Belquis Maidana, de 51 anos, no último domingo (10), em acidente de trânsito na Rua Antônio Maria Coelho.

Na decisão o magistrado diz: “Portanto, o Juízo da Vara do Tribunal do Júri é competente para conhecer e julgar os crimes embriaguez ao volante (Lei 9.503/98, art. 306), e, crime de lesão corporal grave (CP, art. 129, §1º, II). Ante o exposto, hei por bem em declarar este juízo incompetente para conhecer e julgar o presente crime.5. Remeta-se os autos, e demais procedimentos incidentais, ao Tribunal do Júri desta capital, com nossas homenagens e cautelas de estilo.”

Guilherme se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas policiais de trânsito constataram embriaguez. Ele usava um carro oficial do Governo do Estado.

O ex-servidor foi solto depois de pagar uma fiança de R$ 66 mil. Ele também teve a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) por seis meses.

Guilherme também fica impedido de praticar nova infração penal dolosa e não pode se ausentar por mais de 8 dias de sua casa ou mudar de endereço sem comunicar nos autos. 

O acidente

O jornalista foi preso em flagrante após o acidente que terminou na morte de Belquis Maidana, de 51 anos. A Polícia Civil indicou que o carro que Guilherme dirigia estava a 100 Km/h.

Ainda conforme a polícia, Guilherme estava na casa de seu companheiro às 5h30 da manhã de sábado (9) onde os dois beberam vinho. Logo depois, o assessor saiu dirigindo o Toyota Etios, carro oficial do Governo, quando ocorreu o acidente na Rua Antônio Maria Coelho.

Guilherme colidiu o carro contra a Honda Biz azul, no cruzamento com a Rua Bahia. Também segundo a polícia, o motorista furou o sinal vermelho, atingindo a moto, que ainda foi arrastada por 25 metros.

O jornalista se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas os policiais identificaram sinais de embriaguez, sendo constatada em termo. Guilherme foi ouvido e alegou que no final da noite de sexta-feira (8) e no início da madrugada de sábado (9), teria bebido vinho com o namorado.

Ele contou que estava a caminho do trabalho, pois estava de plantão na Segov. Guilherme foi encaminhado para a delegacia, onde permaneceu até a audiência de custódia.

O caso é tratado como homicídio simples, por considerar que o jornalista assumiu o risco de provocar o acidente por ter ingerido bebida alcoólica, estar acima da velocidade permitida e também ter furado o sinal vermelho.

Ele ainda responde por lesão corporal de natureza grave e conduzir veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.