Neto é preso por matar casal de rezadores e Polícia Federal pode assumir investigação em MS

Neto foi preso em flagrante e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (19)

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Rufino e Sebastiana eram atuantes na comunidade Guassuty (Foto: Reprodução, Redes sociais)

Preso em flagrante suspeito de matar carbonizado o casal de idosos e rezadores Nhandesy Sebastiana e Nhanderu Rufino disse à polícia que não sabe ao certo o porquê matou os dois na madrugada de segunda-feira (18), no território Guasuty, em Aral Moreira, município a cerca de 400 quilômetros de Campo Grande. O rapaz é neto do casal de curandeiros.

O Ministério dos Povos Indígenas pede que a Polícia Federal assuma as investigações e afirma que os dois sofriam ameaças pela prática religiosa.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Maurício Moura Vargas, o rapaz estava ‘completamente drogado’ e havia dito que não se lembrava de nada. “Nem ele sabe ao certo porque matou”, disse Vargas.

As investigações descartaram a princípio a motivação de intolerância religiosa. O jovem, que agiu sozinho, foi preso em flagrante.

Apesar de informações sobre o casal ter sido queimado ainda vivo, o delegado informou que não dá para saber de início, apenas a investigação da Perícia pode identificar.

O Ministério dos Povos Indígenas pediu que a Polícia Federal (PF) assuma as investigações do assassinato.

“O ministério segue acompanhando o caso de perto, para que o responsável por esse crime seja devidamente punido”, informou a pasta em nota. Segundo o comunicado, o Ministério dos Povos Indígenas recebeu a notícia do assassinato com pesar e indignação.

A casa onde o casal morto carbonizado morava ficou destruída.

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