Criminoso brasileiro, que teria ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), é procurado pela Polícia Nacional do Paraguai como mandante do assassinato de Charles González Coronel, filho do produtor rural e traficante Gringo González. O crime aconteceu no dia 21 de setembro em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã.

O mandado de prisão contra o brasileiro foi expedido pela promotora Katia Estela Uemura Cabañas. Segundo as investigações, a execução pode estar ligada a uma dívida que pode chegar a US$ 300 mil dólares e também por envolvimento com uma mulher.

O homicídio de Charles González Coronel está sendo investigado por policiais do Departamento de Investigações de Amambay e do Departamento de Homicídios de Assunção. Segundo informações do ABC Color, a vítima teria tido uma conversa com o gerente de uma casa de câmbios.

Supostamente, Charles retirou cerca de US$ 180 mil como empréstimo da casa de câmbio, embora outras fontes tenham dito à polícia que o valor seria de até US$ 300 mil. Entretanto, o prazo para pagamento já havia expirado, mas a vítima ainda não havia devolvido o valor.

A polícia paraguaia apurou que o dinheiro emprestado a Charles, ao que tudo indica, pode ser do brasileiro faccionado do PCC, de 34 anos, que supostamente deixou seu dinheiro na casa de câmbio para que pudesse ser utilizado e gerar juros.

O brasileiro havia sido capturado pela Polícia em Pedro Juan Caballero no dia 28 de novembro de 2020, justamente na casa de Gringo González, onde portava um fuzil AK-47 e diversas outras armas.

Ele era suspeito de ordenar a morte de dois sobrinhos políticos e dois guarda-costas de um ex-chefe da fronteira, cujos corpos foram desenterrados de uma sepultura em 26 de novembro de 2020, em Pedro Juan Caballero, durante confronto entre o PCC e o clã Jamil.

Entenda o crime

Logo em seguida, após deixar o local, Charles foi baleado com fuzil e pistola em Mariscal López, quase General Díaz, em Pedro Juan Caballero, a uma quadra da linha internacional que divide o Paraguai e o Brasil. O crime foi praticado por três pistoleiros.

Durante o ataque, o filho de Gringo Gonzales estava acompanhado por dois guardas, um paraguaio de 29 anos e um boliviano de 45. Eles também foram baleados, mas conseguiram entrar em território brasileiro.

O brasileiro não teria gostado de saber que seu dinheiro que estava na casa de câmbio havia sido emprestado a Charles González Coronel, com quem aparentemente teve um conflito por causa de uma mulher, segundo a investigação policial.

O faccionado do PCC teria descoberto que sua mulher teve um envolvimento com Charles, filho de Gringo, seu companheiro de cela. Os dois estavam presos no Grupo Especializado de Pedro Juan Caballero.