Bebê que teve clavícula quebrada apresenta melhora e respira sem ajuda de aparelhos

Internado na área vermelha da Santa Casa de Campo Grande, o bebê de 1 ano e 27 dias, que teve a clavícula quebrada ao ser deixado sozinho em casa, apresentou melhoras na tarde desta quinta-feira (16).

De acordo com o hospital, o bebê acordou e respira sem ajuda de aparelhos. O processo de despertar da criança começou nesta quinta, com a retirada da sedação aos poucos. Ele segue com quadro clínico estável.

15 minutos

Homem de 26 anos, padrasto do bebê, contou que deixou a criança sozinha por 15 minutos e nesse momento ela teria se machucado. Preso por abandono de incapaz, ele disse que o menino caiu do sofá.

Na terça-feira, o homem saiu para levar a namorada, mãe do bebê, ao trabalho, deixando o menino sozinho em casa por 15 minutos.

Segundo ele, quando chegou na residência encontrou o bebê caído no chão, chorando bastante e com hematoma na cabeça. Ele então colocou a criança para dormir na cama, mas o menino não estava bem.

Durante o passar das horas o bebê piorou, teve vômitos e ainda estava com o corpo mole. Segundo o padrasto, ele tentou fazer massagem cardíaca na criança.

Mais tarde, o casal levou o bebê até o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e de lá a criança foi encaminhada para a Santa Casa, onde permanece internada.

Já a mãe da criança permaneceu em silêncio durante o interrogatório. O casal responde pelo abandono de incapaz e por fraude processual, por tentativa de mentir em depoimento.

Casal mentiu

Após um primeiro depoimento alegando que a mãe estava em casa no momento que o bebê caiu, o padrasto confessou que mentiu a pedido da mulher.

Ele a teria levado para uma casa onde ela prestou serviço de manicure, enquanto ele foi ao trabalho.

Sendo assim, o casal deixou o bebê sozinho na casa. Quando o padrasto voltou, encontrou a criança caída no chão e chorando muito, após uma queda do sofá.

Assim, o padrasto teria percebido uma piora no bebê, que também apresentou quadro de vômito. Ele também alega que chegou a fazer respiração boca a boca na criança e massagem cardíaca.

Esses procedimentos podem explicar as fraturas e hematomas na criança. Porém, isso será analisado pela Perícia, conforme esclareceu o delegado.