Uma tentativa de homicídio resultou na prisão de cinco integrantes de um grupo suspeito de torturar usuários de drogas nas cidades de e . A vítima, que teve o rosto baleado depois de se negar a prestar um testemunho, passou 30 dias hospitalizada e denunciou os crimes à Polícia.

Segundo o delegado Roberto Faria, responsável pelas investigações, o homem, que não teve a identidade revelada, foi baleado após se negar a prestar falso testemunho sobre outra tentativa de homicídio realizada pelo grupo em julho deste ano.

“Existe outra vítima que eles torturaram e jogaram em um rio. Esse homem ficou internado por uma semana, mas sobreviveu. O chefe do grupo queria que a segunda vítima dissesse que ele havia caído de moto, mas ele se negou a mentir e eles discutiram por telefone. O chefe do grupo foi à casa dele e efetuou os disparos. Atirou até no papagaio da vítima para mostrar o tamanho da crueldade. Eles fazem isso para que outras pessoas saibam e fiquem com medo de delatá-los”, explica.

As investigações apontam que o grupo é responsável por um homicídio ocorrido há quase cinco anos em Rochedo. De acordo com o delegado, o grupo teria assassinado, carbonizado e depois jogado o corpo de um homem no da cidade.

“Existem denúncias contra eles feitas, inclusive, por um dos membros que não concorda com as crueldades aplicadas pelo chefe da quadrilha. Dois dos integrantes presos, nessa última operação realizada contra o grupo, dizem que faziam parte porque também eram torturados e ameaçados”, relata.

As investigações que culminaram na prisão dos cinco suspeitos tiveram início em julho e ainda não foram concluídas. O delegado ressalta que outros crimes são investigados e devem ter relação com o grupo.