Ainda com marcas de sangue na roupa, o guarda municipal Jocsã Silva, 32, prestou depoimento à polícia na tarde desta quinta-feira (18). Ele afirma que o adolescente de 15 anos chegou da rua com uma faca em cada mão e entrou na Escola Municipal Bernardo Franco Baís.

O segurança patrimonial que trabalha há um ano e meio na escola, nunca tinha presenciado um caso de violência no local e a primeira reação foi pensar nas filhas. Jacsã contou ao Jornal Midiamax que tem duas filhas pequenas em idade escolar e no momento em que viu o garoto chegando, pensou nas meninas.

“Pensei nelas, na escola onde elas estudam e agi no instinto para tirar o menino de lá. A escola tem muita criança pequena, o estrago seria grande caso ele conseguisse entrar”, disse o guarda.

A primeira ação para conter o adolescente de 15 anos foi jogar uma cadeira e pressioná-lo contra a parede. Em seguida, o guarda pediu ajuda para um professor, que estava próximo e conseguiu desarmar o jovem que chegou com duas facas nas mãos.

“Como pai, fica o sentimento de apreensão por que situações como esta estão acontecendo com mais frequência”, disse.

Professor ajudou a desarmar o adolescente

Segundos após conversar com a advogada, de 46 anos, que foi esfaqueada por um adolescente, de 15, na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na tarde desta quinta-feira (18), o professor Willian Silva ajudou um agente patrimonial a conter o agressor. De início, ele achou que a mãe do aluno tinha sido agredida com um soco e só percebeu que o menor estava com a faca ao ver o brilho do objeto.

“Eu vi a faca brilhando na mão dele, estava focado na mão. Foi instinto porque ele não queria soltar a faca. Eu segurei no punho dele e o desarmei”, relatou o professor ao Jornal Midiamax. Ele ainda explica que o agente patrimonial que conteve o adolescente teria jogado uma mesa em cima dele, para conseguir imobilizá-lo contra a parede.

Em seguida, o funcionário gritou para o professor ajudar. Ele relatou que o adolescente “era muito forte” e, num primeiro momento, não quis responder qual o motivo de ter esfaqueado a mãe do aluno. “A provável raiz disso pode ter vindo de um problema familiar”, disse o professor, sem especificar.

Willian conversava com a advogada, que estava deixando o filho para o início da aula. Pouco depois, a coordenadora teria chamado o menino afirmando que a aula já estava para começar. Segundos depois do filho da vítima passar o portão, o adolescente atacou a advogada.

Na sequência, o ex-aluno teria corrido para o portão que dá acesso às salas de aula, quando foi contido pelo agente. Já a vítima foi levada para a sala dos professores e funcionários da escola fizeram compressa para estancar o sangramento.

“Tive que me concentrar para dar aula depois, porque as crianças têm 8 e 9 anos, para não demonstrar essa situação para elas”, finaliza o professor.