‘Se não tivesse vindo procurar, não ia saber do crime’, disse irmã de idoso morto por serial killer
José Leonel foi encontrado enterrado no quintal de casa
Danielle Errobidarte, Thatiana Melo –
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A irmã de José Leonel Ferreira, assassinado por Cleber de Souza, disse ao Jornal Midiamax, nesta quarta-feira (6) durante o julgamento do serial killer, que se não tivesse vindo procurar pelo irmão após estranhar as mensagens enviadas por Cleber se passando por ele, ninguém iria saber que um crime teria ocorrido, já que na época havia sido dito que José tinha viajado. O corpo de José Leonel foi encontrado enterrado no quintal de sua casa, no Bairro Vila Nasser, no dia 7 de maio de 2020.
A professora Eurides Ferreira contou que Cleber pegou o celular de José Leonel e passou a mandar mensagens para dois irmãos do idoso se passando por ele, mas como as mensagens eram muito desconexas, ela desconfiou e foi até a casa da vítima para saber o que estava acontecendo, quando descobriu que ele havia sido assassinado.
Apesar de Yasmin ter sido colocada em liberdade, ela acredita que tanto a jovem como Roselaine Gonçalves, esposa de Cleber, tenha participado do crime, mesmo as duas negando. Ainda segundo a professora, Roselaine teria confessado ter tido um relacionamento extraconjugal com José Leonel.
O corpo de Leonel só foi encontrado após a irmã procurar a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), um dia antes dele ser achado, para relatar o desaparecimento do irmão. Segundo ela, ele morava sozinho, mas sempre conversava com a família por mensagens, no entanto, há alguns dias não estava respondendo direito aos familiares.
Na época, ela relatou que foi até a casa do irmão no dia 6 de maio de 2020, e encontrou pessoas no local que não conhecia. Um homem que estava lá disse que José tinha viajado para Fátima do Sul e teria alugado a casa para eles, por três meses. A mulher então ligou para a sobrinha, que desmentiu a história e disse que a última vez que conversou com José havia sido no dia 2.
Mortes em Campo Grande
José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, desaparecido desde fevereiro de 2020, teve o corpo encontrado no dia 15 de maio, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.
Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal e, durante uma briga, foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.
No início da tarde do mesmo dia, o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.
O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.
Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado, no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que, segundo a polícia, matou a vítima com pauladas, enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.
Na noite do dia 15 de maio, foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.
Na manhã do dia 16 de maio, Timotio foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto. A primeira das vítimas a ser descoberta foi José Leonel, 61, que havia sido encontrado no dia 7 de maio, enterrado no quintal de uma casa na Vila Nasser.
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