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Polícia

‘Vai me matar também?’, perguntou filho após ver a mãe morta pelo padrasto em MS

Homem confessou ter dado beijo após atirar cinco vezes contra a mulher e ainda colocou as crianças para dormir com ela
Thatiana Melo -
(Reprodução)

Em quatro anos de casamento Érica Miranda de Souza, de 28 anos, já havia se separado cerca de 10 vezes do marido, que a matou com cinco tiros na madrugada de segunda-feira (23), em , a 28 quilômetros de . Ela tinha medidas protetivas contra ele desde janeiro de 2021. Ao ver a morta, o filho de Érica chegou a perguntar para Diogo Cardoso de Souza: “Você vai me matar também?”

Depois de sua horas após o crime, o autor disse em depoimento que não se lembrava de muita coisa. Apenas que havia tido uma discussão com Érica quando eles estavam fazendo um churrasco na chácara onde moravam, na noite de domingo (22). Sendo que após a discussão e o feminicídio, ele teria dado um beijo nela pedindo desculpas pelo que havia feito.

De acordo com o depoimento dele à polícia, contou ter trabalhado naquele dia até as 16 horas fazendo pamonhas com seu patrão, e que depois do trabalho ganhou um caixa com 15 cervejas e foi para casa, onde ele e Érica passaram a assar um porco. Quando a cerveja acabou, ela pediu para que fosse até a sede pegar mais cerveja.

Ainda segundo o depoimento, quando voltou com mais cerveja trouxe consigo uma arma de seu patrão e os dois passaram a atirar contra latinhas vazias. De acordo com o autor, ele passou a falar que os homens de sua família não morriam pelas mãos dos outros, momento em que a vítima teria dito que Diogo estava se achando imortal.

Assim, começou uma discussão entre o casal, e Diogo disse que Érica passou a dizer que ele havia a traído com uma amiga dela, mas ele negava a traição. Érica teria quebrado os celulares e entrado para a casa, quando Diogo foi atrás e, segundo ele, a esposa teria dito: “Atira se você é homem. Você não tem coragem”. 

Diogo fala que depois que ela se sentou na cama atirou pelo menos cinco vezes contra ela, que caiu na cama. O filho dela viu o crime momento em que perguntou se Diogo atiraria contra ele também, e o autor disse que não faria isso com uma criança.

Após isso, Diogo deu um beijo em Érica pedindo desculpas e fugiu em seguida.

Medida protetiva e BOs

Em janeiro de 2021, Erica pediu por medidas protetivas logo após ser ameaçada de morte pelo marido. A medida foi concedida em janeiro. Mas, antes disso ela já havia registrado um boletim de ocorrência contra o autor, no dia 31 de dezembro de 2020.

Já no dia 2 de maio de 2021, Érica passou a procurar novamente a delegacia para registrar outro boletim de ocorrência, quando em uma discussão com seu marido, ele queimou as suas roupas e ameaçou matá-la, caso fosse preso. Na época, ela disse que temia por sua segurança.

Marido fugiu para Campo Grande

Um outro vizinho relatou à polícia que, por volta das 3 horas, o suspeito foi até a casa dele pedindo uma carona para Campo Grande. Ele teria alegado que o pai tinha sido assassinado em outro estado.

Assim, o vizinho o deixou no Aeroporto Internacional de Campo Grande. O suspeito vestia uma calça jeans rasgada e levava uma mochila vermelha. Depois que desceu do carro, ele começou a procurar por um motorista de aplicativo.

Foi neste momento que os vizinhos receberam ligação da outra vizinha, contando sobre o feminicídio. foi acionada e encontrou o menino de 2 anos dormindo abraçado com a mãe.

As crianças foram deixadas com familiares e o caso está em investigação. O crime foi registrado como feminicídio majorado, se praticado na presença de descendente ou de ascendente da vítima.

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