Suspeito que confessou furtos a 4 condomínios de luxo em Campo Grande é solto com tornozeleira

Ganhou liberdade provisória mediante cumprimento de medida cautelar — uso de tornozeleira eletrônica — o rapaz de 27 anos que confessou a autoria de ao menos quatro furtos em condomínios de luxo de Campo Grande. Ele passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (29) junto com os comparsas, sendo que dois tiveram prisão preventiva decretada.

Os dois presos foram liberados com uso de tornozeleira eletrônica. Já a mulher foi liberada e deverá cumprir recolhimento noturno. Outros dois presos acabaram presos preventivamente. Em interrogatório na Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), Rafael confessou quatro furtos.

Furtos a condomínios de luxo

O primeiro furto teria sido feito no condomínio Terraville. Um dos acusados revelou que estava junto com seu comparsa quando passou na frente e “decidiu furtar”. Eles usavam a Pampa do rapaz e levaram uma escada, que usaram para acessar o muro. Depois, esconderam a escada em uma área de mata e cortaram a cerca elétrica.

O segundo furto teria acontecido no Damha II, os quatro foram até o condomínio, cortaram uma grade e acessaram uma região de mata, chegando até a cerca do condomínio.

Depois, correram até uma casa, que estava aberta. O rapaz relatou que a ação foi muito rápida e que levaram vários objetos, como notebook, televisões e luvas de box. Com o crime bem-sucedido, ele teria decidido furtar outro condomínio de luxo, fazendo uma pesquisa na internet. Então, encontrou o Golden Gate e convidou dois dos comparsas, mas apenas um aceitou.

Foi nessa ocasião que o rapaz então convidou a sogra, que topou. Os suspeitos sondaram o condomínio ainda durante o dia e depois retornaram já à noite. Eles encontraram um terreno baldio perto do muro, onde usaram a escada para entrar e cortar a cerca elétrica. Então, chegaram até a casa e arrombaram uma janela.

Do local foram levados aparelho de som e três televisores. Os acusados ainda furtaram uma segunda residência no condomínio, que segundo eles estava aberta. Foram levadas joias e dinheiro, notas nacionais e estrangeiras, que foram divididas entre os envolvidos. Dois dias depois, o rapaz fez a viagem para São Paulo com a sogra, levando as joias furtadas.

Em São Paulo, as joias foram vendidas por R$ 20,5 mil e o dinheiro repartido entre os criminosos.

Trabalhava em condomínio

Durantes as investigações, foi identificada conversa pelo WhatsApp entre os integrantes da quadrilha, apontando que o rapaz, de 24 anos, trabalhava como pedreiro no condomínio Alphaville 4 e que estaria colhendo informações para repassar aos comparsas. A intenção seria um novo furto, no local.

O grupo responde por furto qualificado e associação criminosa.