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Polícia

Subtenente da PM acusado de encomendar morte de chefe de quadrilha rival é inocentado

Subtenente já foi condenado por chefiar tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul
Thatiana Melo -
Silvio César Molina - (Arquivo/Midiamax)

O subtenente da Polícia Militar, Silvio César Molina Azevedo, apontado como líder de um esquema de tráfico internacional de drogas, da operação ‘‘, foi absolvido nessa quinta-feira (20), pelo crime de duplo homicídio, em janeiro de 2018.

O julgamento de Molina aconteceu na quinta-feira (20), terminando por volta das 19 horas. A sentença foi de absolvição para duplo homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico e furto qualificado. Tanto Molina como Marco Aurélio Scheffer foram absolvidos.

Consta na denúncia que, no dia 9 de janeiro de 2018, tanto Molina como Marco e outro indiciado mataram Nasser Kadri, conhecido como ‘Turcão’ e Eneias Mateus de Assis, conhecido como ‘Gogo’, na cidade de Recreios, em Minas Gerais.

Logo após o crime, os corpos das vítimas foram jogados no Rio Pomba. Em seguida, os indiciados roubaram a BMW usada pelas vítimas, levando o veículo para outro Estado.

Ainda segundo a denúncia, Molina e Kadri chefiavam organizações rivais do tráfico de drogas e viviam em guerra para a detenção do comando que abastecia vários estados do país. Em 2015, Nasser Kadri e seu irmão Adib Kadri sofreram uma emboscada em

Já em 2017, o filho de Silvio Molina foi assassinado. Em dezembro de 2017, foi descoberto que a quadrilha chefiada por Molina estava com planos de mais um embate com a organização de Kadri. As vítimas foram atraídas para uma falsa negociação de drogas, que acabou no duplo homicídio.

De acordo com o advogado Marcos Ivan Silva,  “A defesa de Silvio Molina encontrou todas as barreiras possíveis a buscar a verdade nos autos , sendo necessário por vezes ir a busca de câmaras superiores, um aparato policial ao nível de operação americana, para um servidor público de 24 anos de trabalho sem qualquer mácula. Mas a defesa buscou com retidão, seriedade a justiça , e essa mais uma vez se fez, absolvido dos crimes de homicídio, erroneamente lançados dentro de uma operação da Polícia Federal, que sequer tinha competência para investigar tal feito. E os crimes conexos – associação para tráfico, furto qualificado também foram absolvidos todos por falta da demonstração da autoria.”

Operação Laços de Família

A Operação Laços de Família alcançou 15 denunciados, condenados em dezembro de 2021 pela 3ª Vara Federal de a penas que vão de 3 a 61 anos de – caso de Molina – por crimes de tráfico de drogas, ocultação de bens e associação criminosa.

O grupo operava de Mundo Novo, no extremo sul do Estado, e na fronteira com o Paraguai, de forma semelhante à Máfia: os chefes da organização eram da mesma família e tinham relações com o PCC. A família em questão liderava o esquema de tráfico sem se relacionar com intermediários e gerentes do esquema – executores das ordens quase não tinham contato com a cúpula, havendo intermediários para lidar com os mesmos.

“Todos eram descritos como armados e violentos, tendo promovido uma guerra entre facções locais de Mundo Novo, culminando em perseguições, torturas e assassinatos de rivais”, pontuou a sentença. O tráfico era feito por rodovias, tendo o como destino, por caminhões registrados em nome de laranjas, havendo ainda 10 empresas de fachada, pelo menos, para lavar dinheiro do crime. As apurações começaram em 2016. Para impor medo e respeito, o grupo praticava torturas em crimes violentos.

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