Com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da proibição da divulgação de dados de operações da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) de Mato Grosso do Sul irá seguir determinação do Ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a Sejusp, nenhum dado referente à Operação Eleição 2002, do segundo turno, será divulgado neste domingo (30). O balanço deverá ser divulgado na segunda-feira (31). No primeiro turno das eleições, foram duas ocorrências de crimes eleitorais.
A decisão foi assinada pelo ministro nesse sábado (30), com a seguinte determinação:
- A proibição até o encerramento do segundo turno das eleições, de qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal relacionada ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado aos eleitores, nos termos da resolução do Tribunal Superior Eleitoral, sob pena de responsabilização criminal do Diretor Geral da PRF, por desobediência e crime eleitoral, além da responsabilização dos respectivos executores das medidas;
- A proibição de qualquer divulgação, até o encerramento do segundo turno das eleições, do resultado de operações por parte da Polícia Federal desde que relacionadas às eleições, sob pena de responsabilização criminal do Diretor Geral da PF, por desobediência e crime eleitoral, além da responsabilização dos respectivo executores das medidas.
O ministro atendeu a pedido do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que acionou o TSE pedindo providências para que a PF e a PRF não fossem mobilizadas em favor da campanha do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, e em desfavor da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O secretário adjunto da Sejusp, Ary Carlos Barbosa, coronel da Polícia Militar, disse esperar um segundo turno tranquilo, “tivemos muitas denúncias de boca de urna, facilitação, compra de voto, mas nada comprovado”, falou.
Nas eleições do segundo turno, são 8 mil agentes das forças estaduais e mais 2,5 mil militares do exército para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
As denúncias podem ser feitas pelos telefones 188, 190 e 193.
