Na segunda-feira (31) foi preso Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos

O acusado passou por audiência de custódia em Cuiabá e foi decretada a prisão preventiva. Equipes da (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) seguem para o estado vizinho, para que Adailton seja trazido e interrogado na delegacia. Ele responde por cárcere privado, tortura e feminicídio.

Prisão

Na segunda, equipes da Deam e Polícia Militar, com Batalhão de Choque, foram até a região do Lagoa Park, em buscas por Adailton. Durante a operação, as delegadas foram avisadas que Adailton estava em Cuiabá. Polinter, Delegacia Especializada em Capturas de Mato Grosso, foi acionada e o criminoso preso.

As delegadas Maíra Pacheco e Elaine Benicasa, da Deam, relataram que era providenciada documentação para que ele fosse encaminhado para Campo Grande. Ainda de acordo com as delegadas, os laudos do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) apontaram que Francielli teve cabelos e dentes arrancados e também tinha ferimentos gravíssimos nas nádegas.

Na residência, foi apreendida uma máquina de solda, possível objeto usado nas torturas e que passará por perícia. O filho do casal, de 17 anos, foi ouvido nesta segunda e disse que não presenciava as agressões. No entanto, ele via o pai ‘interrogando’ Francielli sobre a traição, em uma situação de tortura psicológica.

Inicialmente, a informação era de que a partir de qualquer resposta da vítima o marido a levava para o quarto, onde as agressões aconteciam. A Polícia Civil descartou a situação de monitoramento da vítima por câmeras de segurança.

Também conforme as delegadas, nenhum boletim de ocorrência tinha sido registrado contra Adailton pela violência doméstica, o que poderia ter ajudado a evitar a situação, a partir da medida protetiva. Em 2021, foram 7 mil medidas protetivas concedidas em Mato Grosso do Sul.