Preso em operação do Gaeco contra o PCC era apontado como ‘cobrador’ de réus da Omertà
Ele era apontado como responsável pela cobrança de agiotagem
Renata Portela –
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Alvo da Operação Bilhete realizada nesta segunda-feira (5), Lucas Silva Costa, de 30 anos, é réu no âmbito da Omertà. Ele foi preso preventivamente em uma garagem de carros na região das Moreninhas e atua como despachante, mas nas denúncias era apontado como responsável pelo serviço de cobrança de esquema de agiotagem.
Lucas teve a liberdade garantida em setembro de 2021 e chegou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele cumpria também medidas cautelares como não mudar de residência sem prévia comunicação ao juízo, não se ausentar por mais de 8 dias da comarca sem prévia autorização, comparecer a todos os atos do processo e proibição de contato com os acusados e testemunhas dos processos da Omertà.
Além disso, ele cumpria recolhimento domiciliar noturno entre 20h e 6h, de segunda a sexta e durante o dia todo aos sábados, domingos e feriados e a monitoração eletrônica por tornozeleira, por 180 dias.
Foi preso duas vezes na Omertà
Preso duas vezes na segunda fase da Omertà, Lucas alegou que fazia serviços de despachante com o pai em um escritório. Após a segunda prisão, ele ainda disse que a arma apreendida na casa em que alugava não era dele, mas acabou detido em flagrante e teve a prisão preventiva decretada.
Com a informação de que Lucas tinha em posse uma arma irregular, policiais do Batalhão de Choque foram até o escritório onde ele diz trabalhar como despachante. Ele foi levado até a casa que aluga, na Moreninha, e no local foram encontrados carros importados e um jet-ski, do qual ele assumiu a posse, bens tidos como incompatíveis com o ganho do trabalho do rapaz.
No quarto foi encontrado o revólver calibre 38, que Lucas disse pertencer a outro morador da residência. No entanto, a suspeita é de que a arma seja de Lucas, que foi preso em flagrante pela posse irregular. Também havia aproximadamente 10 veículos na garagem daquela residência, além do jet-ski, e Lucas assumiu propriedade de todos os bens.
Em casa, ainda haveria um Camaro e uma moto CB 1000. A princípio, a suspeita nas investigações é de que Lucas tenha assumido ‘negócios’ de outro integrante da organização preso na primeira fase da Omertà. Como ‘trabalho’ para a organização criminosa, o rapaz seria responsável por fazer cobranças de agiotagem, entre outros ‘serviços’.
Operação Bilhete
Um policial penal é alvo da Operação Bilhete, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que cumpriu 2 mandados de prisão preventiva, 5 de busca e apreensão e 3 de medidas cautelares diversas à prisão.
Segundo o Gaeco, um policial penal alvo da operação estava lotado na Gameleira, mas foi transferido para outra unidade prisional em maio deste ano. Ele repassava informações e fornecia celulares, inclusive para operacionalização de homicídios de outros policiais penais.
Ainda de acordo com a investigação, as mensagens eram repassadas pelo policial penal tanto para integrantes da organização criminosa alvo da Operação Omertà como de integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em nota a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), disse que, “A Agepen, por meio de sua Corregedoria e Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (GISP), acompanha e dá suporte à operação do Gaeco”.
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