O investigador da Polícia Civil, de 49 anos, que atropelou a enfermeira Eliziely Silva Bicalho, de 29 anos, no Bairro Coronel Antonino em Campo Grande, foi solto neste domingo (25) após passar por audiência de custódia e pagar parte da fiança arbitrada em 5 salários mínimos.

Durante audiência ficou afirmado que ele não poderá se ausentar da cidade por mais de 30 dias sem autorização judicial, além de ser proibido de frequentar bares, botecos, casas de jogos, prostíbulos e ainda deve comparecer pessoalmente em juízo sempre que for solicitado.

A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna arbitrou fiança de 5 salários mínimos, porém como o policial alegou dificuldade financeira ficou acordado parcelamento em duas vezes. Após pagar a primeira ainda neste domingo foi emitido alvará de soltura.

Segundo a Santa Casa, a enfermeira está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), passou por cirurgia ortopédica, está consciente e orientada, respirando com auxílio e fazendo uso de medicações.

Acidente

O acidente aconteceu na manhã de sábado (24). O policial e a enfermeira seguiam pela Rua Pintassilgo em sentidos diferentes. O suspeito invadiu pista contrária e bateu de frente com a moto guiada pela enfermeira, qual havia acabado de sair do hospital da Cassems. 

Com o impacto da colisão, a motocicleta foi arremessada metros a frente e teve o tanque afundado. A parte da frente do automóvel ficou destruída e o airbag foi acionado. O trânsito na rua foi interditado pela polícia.

servidor não teve ferimentos graves, já a jovem fraturou os dois braços e teve um corte grande em uma das pernas. 

Antes da chegada da PM ao local, testemunhas disseram que o policial civil desceu do carro, sacou a arma e atirou para cima. “Quando o pessoal chegou falando: olha o que você fez com a mulher, ele sacou a arma e deu um tiro”, contou uma testemunha que não quis se identificar. 

O irmão da enfermeira, Wellington Nata, de 30 anos, esteve no local e se revoltou com a situação. “Ela estava trabalhando enquanto ele estava bebendo e na contramão”, comentou.

O policial se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas foi feito termo de constatação de embriaguez.