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Polícia

Policial acusado de estuprar detenta em ‘Sala Lilás’ é condenado a 13 anos de prisão

A sentença ainda inclui a perda do cargo público e pagamento de indenização de R$ 10 mil à vítima em reparação por danos morais
Danielle Errobidarte -
Crime foi cometido na Sala Lilás da delegacia (Foto: Divulgação)

O investigador da Polícia Civil de acusado de estuprar uma detenta na Sala Lilás da delegacia de Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital, foi condenado a 13 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão pelos crimes de estupro e importunação sexual, além de pagamento de R$ 10 mil em reparação de danos para a vítima.

Além disso, foi decretada a perda do cargo público e mais 7 meses de detenção pelo crime de favorecimento real. Já pelos crimes de violência psicológica e tortura, ele foi absolvido. A sentença data de 27 de outubro, mas tanto a defesa quando o Ministério Público recorreram. O recurso ainda não foi julgado e, na última quinta-feira (1º), foi encaminhado para a Procuradoria elaborar o parecer.

Prisão preventiva e afastamento

No dia 20 de abril, foi publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul o afastamento compulsório do servidor, assinado pelo delegado corregedor-geral Márcio Rogério Faria Custódio. A decisão foi tomada após a decretação da preventiva no dia 13 do mesmo mês.

Foi determinado recolhimento das armas, carteira funcional e outros pertences do patrimônio público destinados ao policial, além da suspensão de senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, suspensão de e avaliação para fins de promoção.

Os crimes

Os crimes começaram logo no dia em que a mulher foi presa, em 4 de abril. Detida por tráfico de drogas, ela foi levada pelo policial civil até a Sala Lilás, por volta das 19 horas. Na ocasião, a mulher foi estuprada, sem uso de preservativo. Depois, foi levada até um quarto com beliches, onde o crime se repetiu.

O investigador ainda teria dito para a vítima tomar um banho e depois ela foi levada para a cela. Em depoimento, ela contou que estava sozinha e não conhecia ninguém, por isso não contou sobre o crime naquele dia. Segundo a mulher, ela ainda foi ameaçada de morte pelo policial, que disse que, caso ela contasse alguma coisa, ele “iria buscá-la onde quer que fosse para matá-la”.

Durante a semana, por várias vezes o investigador teria retornado até a cela da vítima, onde conversava com ela pelas grades e ‘acariciava’ a detenta, que estava presa preventivamente. Na noite do dia 11, também por volta das 19 horas, novamente o policial retirou a interna da cela e a levou para a Sala Lilás.

Os estupros voltaram a acontecer. A vítima relatou que chegou a implorar para que o crime não acontecesse. Desta vez, ela voltou para a cela chorando. Outros internos questionaram por que ela chorava e o policial disse que ela estava sentindo saudade dos filhos. Algum tempo depois, a vítima confidenciou para a colega de cela o que tinha acontecido.

Tentou comprar silêncio dos presos

Sabendo que os presos desconfiavam, o policial teria oferecido para eles ‘qualquer coisa’ para comprar o silêncio. Ele disse que sabia o que os internos queriam, saiu e retornou momentos depois com um celular. Ao saberem dos estupros, os presos chamaram outro investigador, do plantão seguinte, dizendo que queriam entregar um celular que estava na cela para a delegada.

A delegada foi chamada, quando os presos entregaram o aparelho e revelaram os estupros sofridos pela detenta. Corregedoria foi acionada e todos os presos, bem como a vítima, foram ouvidos na delegacia. O policial civil foi preso em flagrante na casa onde mora, em , e passou por audiência de custódia, quando foi determinada a prisão preventiva.

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