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Polícia

Polícia investiga suposto caso de racismo e apologia ao nazismo no IFMS de Campo Grande

“Local propício para massacre”: aluno maior de idade teria se proclamado nazista e ameaçado estudantes negros
Arquivo -
Um jovem de 18 anos é suspeito de ameaçar matar e torturar colegas de classe por serem negros.
Um jovem de 18 anos é suspeito de ameaçar matar e torturar colegas de classe por serem negros.

A Polícia Civil de Campo Grande investiga um suposto caso de apologia ao no (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). Um jovem é suspeito de ameaçar matar e torturar colegas de classe por serem negros.

Segundo o boletim de ocorrência, mães dos estudantes que foram vítimas do suposto nazista informaram que o suspeito chegou a dizer que o “IFMS é um lugar propício para um massacre”. O suspeito também teria dito que já tem uma lista com os nomes dos alunos que ele mataria.

Ainda de acordo com o registro policial, o estudante se autointitula nazista. Em fevereiro, o suspeito teria falado que mataria um dos colegas e que outro seria torturado. Em outra ocasião, o suposto autor chegou a dizer a um estudante: “Tu não é ariano, te coloco pra assar”.

A equipe de reportagem do Midiamax entrou em contato com uma das mães dos estudantes vítimas do racismo. Ela preferiu não comentar muito sobre o caso, mas adianta que o assunto tem gerado muito sofrimento.

“Não queremos nos expor pelo fato do meu filho ainda ser menor de idade. A gente ainda está sofrendo e traumatizado”, lamentou.

O Midiamax entrou em contato com o IFMS. O Instituto informou que a suposta situação envolvendo estudantes ocorreu fora da instituição, em um comércio nas proximidades do Campus Campo Grande.

O IFMS também explicou que a direção-geral do campus iniciou um processo de apuração de informações sobre o fato e afastou das atividades, de forma cautelar, o estudante que supostamente teria ameaçado outros alunos que o teriam chamado de “nazista”.

Até o momento, segundo o IFMS, a apuração preliminar do campus não constatou a veracidade das ameaças.

Os estudantes da turma têm recebido orientações pedagógicas com informações a respeito dos prejuízos causados à humanidade pelo nazismo. O IFMS ainda adianta que repudia qualquer tipo de discriminação ou apologia a ideologias que não condizem com uma sociedade igualitária.

É crime

No , fazer qualquer tipo de apologia ao nazismo como usar símbolos nazistas, distribuir emblemas ou até mesmo se posicionar a favor do nazismo é crime previsto em lei com pena até de reclusão.

Conforme a Lei 7.716/1989: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa — ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social”.

A própria Constituição brasileira classifica racismo como crime inafiançável e imprescritível, ou seja, pode ser julgado a qualquer momento, sem levar em consideração o tempo transcorrido do fato.

Casos recentes

Ganhou repercussão nacional a fala do youtuber Bruno Aib, conhecido como Monark, no “Flow Podcast”, quando defendeu a legalidade de um partido nazista brasileiro em um programa que debatia liberdade de expressão. “A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse.

Após a repercussão da fala, o programa perdeu diversos patrocínios e Monark até deixou o comando do programa, o qual era fundador.

Outro caso ocorrido no mês passado foi o de um torcedor do Brasil de Pelotas que foi expulso pelos próprios companheiros de time ao exibir uma nazista durante uma partida no

Em seu corpo, havia imagens que remetem ao nazismo: uma Cruz de Ferro e os dizeres “Mein Kampf”, título em alemão do livro “Minha Luta”, de Adolf Hitler. 

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