Boletim da Operação Eleições 2022 divulgado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) na tarde deste domingo (2), apontou que foram registradas 6 ocorrências em Campo Grande até o início da apuração dos votos, às 16 horas. Em um local, os fiscais deixaram os eleitores entrarem com os celulares durante a votação.

De acordo com o boletim, foram 14 ocorrências em Mato Grosso do Sul neste domingo, mais três registradas no sábado (1º). Em Campo Grande, foram 6 ocorrências, entre elas a urna eletrônica destruída por um rapaz de 22 anos, Gabriel Scherer, que colou as teclas.

Também houve ocorrência de violação de sigilo de voto, pela eleitora que fotografou a urna durante o voto na escola Oswaldo Tonini, na Chácara Cachoeira. Ainda foi registrada suspeita de na Mata do Jacinto e suspeita de em um supermercado no Coophasul.

Na Vila Moreninha III também houve ocorrência de suspeita de compra de votos. A última ocorrência registrada na Capital foi o flagra de fiscais que deixaram os eleitores entrarem com celulares durante a votação. Não foi divulgado o local.

Ocorrências registradas no interior durante eleições

Em um eleitor também fotografou a urna durante o voto, bem como em Bataguassu. Nesta segunda cidade também foi registrada ocorrência de promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais.

Já em foram registradas uma ocorrência de compra de votos e uma de propaganda eleitoral irregular. Já em houve uma ocorrência de boca de urna. Em Antônio João, o crime eleitoral registrado foi de tentar votar mais de uma vez ou em lugar de outra pessoa.

Na cidade de Nioaque, houve uma ocorrência de violar ou tentar violar o sigilo do voto. Também foram registradas ocorrências no sábado, sendo uma de apreensão de material de campanha em Corumbá, uma de roubo de urna em Campo Grande e uma de compra de voto em Bataguassu.

Quatro pessoas encaminhadas para a PF

Ao todo, quatro pessoas foram encaminhadas para a Polícia Federal em Campo Grande neste domingo (2), durante as Eleições 2022. Conforme as informações da PF, além do rapaz preso em flagrante e da mulher que tirou fotografia da urna, outras duas pessoas foram encaminhadas por desacato e outra por boca de urna.

Os três casos em que foram lavrados Termos de Circunstanciados de Ocorrência, casos de menor potencial ofensivo, as pessoas foram liberadas após lavratura do termo. Já o rapaz de 22 anos ficou preso em flagrante e terá audiência de custódia agendada pela Justiça Federal, quando será definida prisão preventiva ou liberdade provisória.

Levado para a Polícia Federal por colar teclas da urna

Gabriel Scherer foi detido no local de votação, na Vilas Boas, e encaminhado para a Polícia Federal, por volta das 9 horas da manhã. Segundo o (Tribunal Regional Eleitoral), a substituição da urna foi imediatamente realizada, ocasionando apenas atraso de minutos na seção de votação.

Foi percebido que a urna havia sido colada depois que outro eleitor tentou votar e não conseguiu. Outra mulher foi presa por tirar fotos da urna no momento da votação. A mulher foi detida e levada pela Polícia Militar.

O artigo 312 da Lei nº 4.737/1965 do Código Eleitoral tipifica como crime “violar ou tentar violar o sigilo do voto”. Ou seja, é crime eleitoral fotografar ou filmar o voto, com pena que pode chegar a até dois anos de detenção. Como ela não havia compartilhado a foto, não foi presa em flagrante.

Ainda no sábado de manhã (1º), uma urna eletrônica foi roubada com o carro de um mesário. O carro foi encontrado horas depois abandonado no Bairro Alves Pereira pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).