A mulher presa durante a operação deflagrada nessa quarta-feira (14), em Campo Grande, pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), ganhou liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. Um estudante de direito também foi detido e levado para a delegacia.

A mulher ganhou liberdade em audiência de custódia, nesta quinta-feira (15), com recolhimento domiciliar noturno e monitoração eletrônica. Em depoimento, ela confirmou que tinha uma casa de prostituição, no Bairro Monte Castelo, mas que o negócio fechou em dezembro de 2021. A mulher ainda falou que não sabia que as meninas agenciadas por ela eram menores de idade. 

No celular da mulher foram encontrados materiais pornográficos de adolescentes, bem como que ela realizava o agenciamento a fim de prostituição de adolescentes, encaminhando fotos das menores para clientes interessados.

Conforme a delegada Anne Karine, da DEPCA, as duas filhas da suspeita, que são crianças, foram ouvidas em depoimento especial. Elas não relataram qualquer tipo de abuso sofrido ou que tenham tido fotos tiradas pela mulher.

Estudante de direito preso

Um estudante de direito de 22 anos, e estagiário em um órgão público em Campo Grande, foi um dos presos durante Operação Sentinela. O estudante foi preso no Bairro Noroeste, e a mulher foi presa no Bairro Coophasul. Outras três pessoas teriam sido levadas para a delegacia. Celulares e uma CPU foram apreendidos e devem passar por perícia. Foram encontrados vídeos e fotos de pornografia com crianças.

Em agosto deste ano, durante uma fase da operação, foram apreendidos cerca de 4 mil vídeos pornográficos, com crianças e adolescentes.