Uma mulher de 27 anos, identificada como Pâmela Oliveira da Silva, teve 90% do corpo queimado após sua residência pegar fogo, no dia 21 de julho, em cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Após um mês internada na Santa Casa, ela morreu na última segunda-feira (22). A família da vítima procurou a (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e alegou que o marido é quem teria jogado nela e ateado fogo.

Após a morte de Pâmela, familiares dela procuraram a polícia informando que no dia 21 de julho ela ficou em estado grave após a residência onde mora com o marido pegar fogo. Ao procurarem sobre o ocorrido, os policiais encontraram uma ocorrência registrada como tentativa de suicídio. Entretanto, a irmã afirmou que o suspeito seria o marido da vítima, e que ele teria tentado matá-la.

Foi solicitado que a família procurasse a Deam para formalizar a denúncia e acusações. No laudo da Santa Casa, onde Pâmela faleceu, consta que ela estava em estado gravíssimo, e tinha indícios de morte violenta pelo corpo, ficando internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do dia 22 de julho até o dia 13 deste mês.

Já na Deam, os familiares relataram que o casal estava junto há 11 anos e tinha dois filhos em comum, que estavam na residência no momento do incêndio. Entretanto, apenas ela se queimou, enquanto o marido e os filhos conseguiram sair do imóvel sem ferimentos. Eles chegaram a pedir um caminhão-pipa para apagar as chamas e Pâmela foi socorrida por um homem que passava em uma caminhonete, que a levou até o posto de saúde da cidade. De lá, ela foi encaminhada diretamente para a Santa Casa, devido à gravidade dos ferimentos.

A família conseguiu conversar com Pâmela, ainda quando estava no posto de saúde, e ela teria relatado uma discussão com o marido, dizendo que ele jogou gasolina nela e em seguida ateou fogo em seu corpo. Posteriormente, ela foi sedada e entubada na Santa Casa, e não conseguiu mais conversar.

Os familiares ainda questionaram uma das crianças, que confirmou que os pais teriam brigado e ele batido na mãe, depois colocado fogo nela. A criança ainda pediu para que não fosse contado para ninguém, pois tinha medo que a polícia prendesse o pai.

Medida protetiva

No dia do crime, o suspeito foi até a delegacia de e registrou a ocorrência como tentativa de suicídio e incêndio culposo. Dias antes, ele teria dito a um familiar de Pâmela que tinha uma arma de fogo, e após a tentou visitá-la no hospital. Ele ainda teria dito que iria entrar para vê-la de qualquer jeito.

Após a conversa, os próprios familiares solicitaram medida protetiva de urgência contra o suspeito, que foi concedida. Ele deveria ficar a uma distância mínima de 300 metros dela, mas Pâmela sequer pôde assinar o referido pedido. O caso será investigado e o suspeito ainda não foi localizado.