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Polícia

‘Me humilhou e xingou’, relata Clarice durante júri por morte de chargista em Campo Grande

Clarice reclamou que apenas o chargista poderia escolher os clientes que ela atendia e o acusou de desmarcar horários
Danielle Errobidarte, Thatiana Melo -
Defesa pediu para que fotos não focassem o rosto da massagista (Henrique Arakaki, Midiamax)

Durante seu julgamento na manhã desta quinta-feira (2), em Campo Grande, Clarice Silvestre relatou que no dia do crime, ela teria sido xingada e humilhada por Marco Antônio, que após morto foi esquartejado pela massagista e pelo filho, João Victor. O crime aconteceu no dia 21 de novembro de 2020.

Clarice contou que o chargista era quem escolhia seus clientes. “Ele não me ajudava financeiramente, ele me ajudava com as artes. Ele escolhia os clientes próximos dele ele não queria que eu atendesse e eu precisava trabalhar”, disse a massagista no júri.

Ainda segundo Clarice, o chargista olhava sempre a agenda dela e a fazia desmarcar os clientes. No dia do crime, ela relatou que havia chegado de na terça-feira e já no sábado ele mandou mensagem dizendo que iria a sua casa. Clarice disse que Marco chegou e falou que queria fazer massagem. Ela teria falado que logo após teria cliente. 

Ela falou ainda que Marco a teria xingado e humilhado e que se não tivesse segurado na ponta da escada teria caído junto. Clarice disse ter sido agredida com tapas no rosto por Marco, que a xingou com palavras de baixo calão.

Família espera por justiça

O pai do chargista, Alcino Borges, de 86 anos, contou ao Jornal Midiamax que Marco Antônio era muito amoroso, que tinha uma ótima relação com o chargista e que sempre almoçava com ele. Ainda segundo o idoso, a mãe de Marco acabou morrendo em abril deste ano, antes de ver o julgamento pela morte do filho.

A cunhada do chargista, Darilza Borges, contou que a sogra morreu de depressão, após o assassinato de Marco Antônio. “Minha sogra morreu querendo justiça. Ela sofreu muito e agora meu sogro está sozinho”.  Ainda segundo Darilza, a ré tentava criar relação com a família de Marco, que não queria assumir Clarice já que ela seria só um caso dele. 

No dia que ficaram sabendo da morte de Marco Antônio, a família teria ligado para Clarice perguntando sobre o assassinato, e ela teria negado. 

Chargista assassinado

Na manhã de 21 de novembro de 2020, Clarice matou Marcos na casa, no Bairro São Francisco. Com a ajuda do filho João Victor, ainda destruiu e ocultou o cadáver da vítima.

O relato na denúncia é de que Marcos era cliente da massagista Clarice e mantinha um relacionamento amoroso com ela. No entanto, ele não queria assumir a relação oficialmente, o que incomodava Clarice. No dia do crime, eles combinaram uma massagem e a vítima foi até a casa da autora.

Após a massagem, Marcos foi tomar banho na parte de cima da casa de Clarice. Ao sair, os dois começaram a discutir sobre o relacionamento e Clarice empurrou a vítima da escada. Em seguida, esfaqueou o chargista, o atingindo nas costas e no tórax. A denúncia aponta que Marcos permaneceu agonizando no local e Clarice colocou um lençol sobre o corpo dele.

Ela saiu para comprar sacos de lixo, já com a intenção de ocultar o cadáver da vítima e ligou para o filho. O rapaz foi até a casa da e os dois cortaram o corpo de Marcos em várias partes, lavaram e colocaram em sacos e depois em malas de viagem. Mãe e filho levaram o corpo da vítima até o Tarumã, após pedirem corrida por um aplicativo.

Eles esconderam as malas, esperaram até a madrugada e atearam fogo. Clarice saiu da cidade e só foi presa em São Gabriel do Oeste.

Após a prisão, ela confessou que agiu por ódio vingativo e ciúmes da vítima porque queria que o relacionamento fosse oficializado. 

Clarice foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição e ocultação de cadáver. O filho foi denunciado pela destruição e ocultação de cadáver.

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