Mantida prisão do ex-diretor de presídio investigado por autorizar regalias a presos em MS

Servidor foi alvo da Operação La Catedral, deflagrada em janeiro pelo Dracco

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Imagem mostra momento em que presos fogem de penitenciária em MS
Imagem mostra momento em que presos fogem de penitenciária em MS

A Justiça negou pedido de revogação da prisão preventiva de Carlos Eduardo Lhopi Jardim, ex-diretor do Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, e um dos alvos da Operação La Catedral, realizada em janeiro pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Conforme decisão publicada no Diário de Justiça, a defesa havia solicitado relaxamento em razão de problemas de saúde. No entanto, o juiz do caso determinou que a direção da unidade onde ele está preso informe oficialmente sobre as condições de saúde do mesmo, qual o tipo de tratamento é necessário e se o sistema penitenciário oferece tratamento.

Conforme já noticiado, na operação, o Dracco cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão durante as ações, acompanhadas pela Corregedoria-Geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), além de equipes policiais da 1ª e 2ª Delegacias de Ponta Porã.

As investigações do Dracco identificaram a existência da organização criminosa integrada pelos policiais penais, envolvidos em concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares no presídio, entre outras infrações. As provas colhidas resultaram na apreensão de bebidas alcoólicas dentro do presídio, celulares, drogas e dinheiro.

Além disso, a fuga de dois presos também é investigada, sob suspeita de participação dos agentes, mediante recebimento de propina. A polícia identificou a facilitação na entrada de celulares, bebidas, carne, drogas, além de uso para fins particulares de serviços prestados no presídio pelos internos.

Também foram encontradas celas especiais com móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada, entre outras regalias que não passaram por vistoria. O nome da operação, La Catedral, faz referência à penitenciária ‘construída’ na Colômbia por Pablo Escobar, para que cumprisse pena com luxos e regalias.

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