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Polícia

Advogado preso por pedofilia contou na deep web que dopou menino para estupro em Campo Grande

Ele foi preso em operação da Polícia Federal e é investigado pelo estupro de 10 crianças
Arquivo -
Agentes federais durante a operação contra estupros em dezembro de 2021
Agentes federais durante a operação contra estupros em dezembro de 2021

de preso em 3 de dezembro de 2021 na Operação Lobos II, da Polícia Federal, teria relatado em fóruns da deep web como estuprou um menino de 9 anos. Acusado de divulgar material de pedofilia na internet, ele também é investigado pelo estupro de mais de 10 crianças, conforme publicações feitas por ele.

A informação consta em decisão da 3ª Vara Federal de Campo Grande, de negativa a um pedido de liberdade feito pela defesa do advogado. Na peça, é registrado que “há apuração de declarações de abusos praticados contra, pelo menos, 13 crianças em idades entre 8 e 13 anos, verificando-se que o usuário em questão demonstra expertise na realização dos estupros”.

É apontado pelo magistrado que o réu seria “dedicado de fato à prática serial de abusos sexuais contra meninos”, tendo relatado que não tinha pudor em fazer vítimas familiares, citando ainda abusos que teria sofrido durante a infância, por parte de um tio. Ele chegou ainda a dizer que não abusava de pessoas do sexo feminino pelo fato de ter duas filhas.

Na decisão é relatado que tal declaração choca “pela análise da prova total e identificação de um perfil padronizado de suas próprias ações”.

Relato dos crimes

O advogado, que nos fóruns da deep web usava o username Lepolepolepo, compartilhou uma mensagem em 29 de setembro de 2017, dizendo que teria dado 50 gotas de um remédio ao menino de 9 anos, abusando sexualmente da criança após adormecer por conta do medicamento.

Após o crime, o menino teria acordado agressivo, chutando e xingando o homem, “demonstrando a consciência dos abusos e o trauma”, consta na decisão. É assim que a Justiça Federal retrata a periculosidade do advogado, que em mensagem compartilhada no dia 8 de março de 2016 teria dito que tinha uma “vida acima de qualquer suspeita”.

Com crianças na família, ele teria ainda dito sobre um bebê recém-nascido e outro menino de apenas um ano que previa “uma colheita boa daqui uns 8 anos”. Nas postagens, o acusado chega a relatar — ainda com o pseudônimo Lepolepolepo — que é advogado. Para o Judiciário, se posto em liberdade, ele teria acesso irrestrito às pessoas próximas e filhos de amigos.

“O efeito de intimidação e possivelmente o acesso para silenciá-los por outros meios, como através de presentes e gincanas (o que ele próprio relata ser uma usual forma de seduzi-los), seria catastrófico à higidez da investigação criminal”, diz a peça. A prisão preventiva foi mantida, descartando a liberdade provisória do réu.

Comportamento pedófilo

Na publicação, que consta no Diário Eletrônico de Justiça Nacional de 9 de março, é relatado ainda que, no dia da operação, quando os policiais federais chegaram até a casa do advogado, ele se trancou, impedindo acesso dos agentes. Ele estava com um celular na mão, possivelmente alertando outras pessoas ou mesmo destruindo provas.

O magistrado ainda retrata que o advogado em questão não é um “singelo consumidor de infanto-juvenil, (…) mas um ‘militante’ ativo em prol da normalização do comportamento pedófilo”. Em declaração, o advogado teria dito que as postagens em questão eram ‘fantasiosas’ e de conteúdo ‘literário’, negando os abusos.

A defesa do advogado, no pedido de revogação da prisão preventiva, alega que o tempo da prisão estaria alongado e que ele não representaria periculosidade posto em liberdade. Já o MPF (Ministério Público Federal) manifestou pela manutenção da prisão, considerando que ele deve permanecer detido para garantia da investigação. O réu deve permanecer preso.

Estava agendada para o dia 11 de março a audiência de instrução e julgamento do advogado. O processo tramita em sigilo e ainda não há divulgação do resultado da sessão.

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