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Polícia

Vítima de importunação sexual por tenente da PM, delegada diz que se sentiu invadida

Comandante da PMR foi preso em flagrante por importunação sexual, pelo marido da vítima, que também é delegado
Thatiana Melo, Mirian Machado -
Caso foi registrado na Delegacia de Paranaíba. (Foto: Reprodução)

A delegada titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em contou durante depoimento que se sentiu muito constrangida e invadida, após ser vítima de importunação sexual dentro de um restaurante na cidade, onde estava com o marido, também delegado de polícia.

Ela contou que trabalha na área há oito anos e que já atuou em diversas investigações envolvendo assédios e importunação sexual, mas que nunca se imaginou passar por tal constrangimento.

A vítima relatou que estava com o marido no restaurante e que ficaram por cerca de 30 minutos, quando ele foi até o caixa pagar a conta, momento em que o suspeito, que é comandante da Rodoviária, se aproximou e disse: “Faz marquinha e fica aí tentando esconder”, passando a sorrir de forma maliciosa. Sem entender, a mulher questiona o que ele disse e o homem repete, olhando em direção as suas partes íntimas.

Ainda segundo a delegada, ela estava de calça jeans, usando vestes ‘normais’ para o ambiente em que estava e mesmo que não estivesse não haveria justificativa para tal ato. Ela ainda afirmou que se o comentário não fosse de cunho libidinoso, assim como expressão libidinosa, teria achado inoportuno, porém, não teria causado constrangimento.

A delegada então perguntou o nome do suspeito, mas ele se negou a falar. O marido dela chegou e questionou o que estava acontecendo, quando a mulher contou o que o homem havia dito, sendo negado pelo autor. O tenente afirmou que era comandante da PMR e que não havia dito nada a mulher, debochando da situação.

O marido da delegada, então, deu voz de ao homem por importunação sexual. Em deslocamento para a delegacia, o comandante da PMR afirmou que apenas teria cumprimentado a delegada.

Na 1ª DP, ao ser questionado pelo delegado do porquê a esposa estaria inventando tal situação, o tenente o respondeu: “Vai tomar no c*”.

O delegado regional e o Comando da Polícia Militar foram avisados da situação. O homem a todo momento insistia em dizer que havia apenas a cumprimentado.

Ainda na delegacia, a vítima voltou para pegar o celular que havia esquecido, quando o suspeito perguntou se ela tinha se “acalmado”.

Durante o interrogatório, o comandante exerceu o direito de ficar em silêncio e permaneceu calado.

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