Grávida nega envolvimento com execução no Itamaracá e diz que soube do crime pela mídia

Vítima e outro rapaz que ficou ferido em atentado foram vistos saindo da casa da mulher antes da execução

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Execução e tentativa de homicídio aconteceram no Itamaracá – Foto: Leonardo de França/Midiamax

Presa em flagrante na noite de segunda-feira (20) após a execução de João Paulo Albuquerque, de 28 anos, mulher de 36 anos que está com 39 semanas de gestação negou envolvimento no crime. Ela foi detida por tráfico de drogas, mas negou envolvimento na morte do rapaz, ocorrida no Itamaracá.

Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, a mulher alegou que não estava ficando em casa e que estava na residência dos pais há aproximadamente quatro dias. Além disso, afirmou que não conhece as vítimas e que soube dos crimes através da mídia, negando que saiu correndo de casa após o assassinato.

A mulher foi detida após ser vista por testemunhas correndo de casa e entrando na casa dos pais. Na residência da suspeita foram encontrados 14 fardos de maconha, totalizando 346 quilos da droga. Ela relatou que nunca foi presa, mas que responde a processo por tráfico.

Presa após execução

Droga foi apreendida após execução
(Divulgação)

Segundo o Batalhão de Choque, a droga apreendida na casa da mulher foi avaliada em R$ 519 mil e também foram encontrados balança de precisão e objetos para embalar a droga, como fitas adesivas, sacolas plásticas e plástico filme.

João Paulo e o rapaz de 27 anos foram vistos saindo da casa da mulher momentos antes da execução. Eles estavam em um Ford Focus quando foram alvos dos disparos, feitos por dois homens em uma motocicleta.

Dentro do carro foram encontradas armas de fogo e balaclavas. Presa, a grávida negou que conhecia as vítimas. Ela prestou esclarecimentos acompanhada dos advogados Vlandon Xavier Avelino e Amilton Ferreira de Almeida e, sobre o tráfico, permaneceu em silêncio.

Passagens de João Paulo

João Paulo tinha várias passagens pela polícia. Roubo majorado, onde ele acabou fazendo uma família refém, porte de arma e lesão corporal dolosa. Em três meses, João Paulo participou de quatro roubos, sendo que em um deles manteve uma família refém.

Os crimes foram praticados entre os meses de fevereiro e abril de 2018. João também tinha passagens por tráfico. Em um dos roubos, no dia 12 de abril de 2018, ele invadiu uma residência com mais dois comparsas, todos encapuzados. Na casa, estavam o casal e as crianças.

O casal foi amarrado com fios de arame e obrigado a ficar olhando para o chão. Os criminosos estavam atrás de R$ 60 mil que achavam que havia dentro de um cofre, mas só havia o valor de R$ 6 mil. João e seus comparsas ainda tomaram suco na casa das vítimas e fizeram o morador beber pinga com eles.

Foram levados da casa vários objetos, como televisões, notebooks e celulares.

Perseguição e execução

Os atiradores estavam em uma motocicleta, fugiram logo após o crime e não foram identificados. Do local, foram recolhidas cerca de 13 cápsulas. Dentro do carro estava uma arma e duas balaclavas. No interior do veículo foram localizados três projéteis, além de um par de luvas de cor preta e dois aparelhos celulares.

O carro usado pelas vítimas não tinha restrição de furto ou roubo. No lado do passageiro havia uma arma de fogo de calibre .9mm com um carregador, contendo 13 munições intactas. Com João Paulo Lima foi encontrada, em sua cintura, uma arma de fogo de calibre .380 com um carregador, contendo 15 munições intactas, e no bolso esquerdo da frente de sua calça foi localizado outro carregador, contendo oito munições intactas de calibre .380.

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