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Polícia

Geni estava ansiosa para conhecer a neta, mas assassino avisava: ‘você não vai ver ela nascer’

Familiares de Geni relembram como a vítima era durante velório e contam da ameaça que mais a atordoava
João Ramos, Mirian Machado -
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Geni foi assassinada na última sexta-feira, dia 23, pelo ex-companheiro Silço Dozinete - (Fotos: Marcos Ermínio/Midiamax e Reprodução/Redes Sociais)

“Era uma pessoa maravilhosa, alegre, brincalhona… estava sempre sorrindo”. Durante o velório, é assim que os familiares enlutados descrevem Geni da Costa Reis dos Santos. O corpo da auxiliar de limpeza está sendo velado neste domingo (25) em . Ela foi assassinada aos 48 anos na última sexta-feira (23) pelo ex-companheiro Silço Donizete Mendes, no Tarumã, em um crime que abalou a Capital.

Leonice Ferreira, de 45 anos, era cunhada da vítima. Ela conta ao Jornal Midiamax que conversou com Geni no dia do assassinato e revela que a convidou para morar em sua casa depois da separação, ocorrida há apenas 3 dias. Mas Geni não aceitou, afirmando que precisava trabalhar.

Na manhã da fatídica sexta-feira, as duas conversaram por áudio. “Ela estava feliz, estava se sentindo livre porque tinha acabado de separar do Silço”, relata Leonice, dizendo ainda que Geni sempre foi uma amiga ouvinte e um apoio para ela, mas que não costumava contar o que acontecia em sua própria casa.

Marido de Leonice e irmão de Geni, Marcos Reis, de 46 anos, estava muito abalado e não parava de chorar durante o velório. Ele comentou que Geni criou os filhos praticamente sozinha e disse que ela só reclamou uma única vez do marido, quando a aconselhou a se separar. Depois disso, a vítima nunca mais voltou a relatar desavenças.

Para Marcos, a saudade vai ficar marcada, especialmente, em um tanque de peixes que ele tem em casa. Geni adorava visitá-lo para ver e cuidar desses animais. “Agora ela não vai fazer isso nunca mais”, lamentou ele, aos prantos.

Genro de Geni, Douglas Lima, de 27, é o marido da filha que foi ferida a facadas pelo assassino. Enquanto a esposa está na Santa Casa se recuperando dos ferimentos, o rapaz foi ao velório da sogra. Ao Midiamax, Douglas afirma que nunca presenciou uma briga entre o casal e acredita que os desentendimentos aconteciam com frequência quando eles estavam sozinhos.

A enteada dele passava os finais de semana com Geni e Silço e sempre relatava brigas. A menina, inclusive, viu a avó ser assassinada. “Ele falou que ia matar a família toda e só não matou ela porque não deu tempo”, acredita Douglas.

O filho de Geni, também ferido pelo assassino, ainda não sabe da morte da mãe. Ele foi o primeiro a ser atingido e desmaiou na hora. A equipe médica está aguardando o acompanhamento psicológico para contar que ela morreu.

Os dois filhos da vítima estão no CTI da Santa Casa. Douglas conta que Geni estava ansiosa para conhecer a neta que a filha mais velha carrega no ventre, mas Silço a ameaçava e já avisava antes de matá-la, dizendo que ela não ia ver a neta nascer.

O sepultamento está previsto para as 15h deste domingo (25).

O crime contra Geni e a família

Era por volta das 19h30, quando Silço Donizete Mendes, de 55 anos, chegou na casa do filhos de Geni da Costa Reis dos Santos, de 48 anos, no Jardim Tarumã, em Campo Grande, para cometer o crime brutal que ceifou a vida da ex-companheira, na sexta-feira (23). Moradora da região, que tentou ajudar Geni, detalha o ocorrido e lamenta não conseguir tirar as cenas de terror da cabeça.

Silço arrombou o portão a chutes, invadiu a casa e cometeu os crimes. Geni foi morta com golpes de no pescoço, que quase a degolaram, nas costas, orelha, braço, abdômen e mão.

Além de matar a ex-companheira, ele esfaqueou as costas da filha de Geni. A jovem esfaqueada nas costas está grávida de oito meses. O filho dela, também jovem, foi esfaqueado por duas vezes nas costas. Os irmãos são vizinhos e, após Geni se separar de Silço, ela foi morar com os filhos.

Após o crime, Silço fugiu em seu veículo, um GM Corsa, pela BR-163, em sentido ao distrito de Anhanduí. Ele tentou se matar ao jogar o carro contra dois caminhões. Houve uma explosão durante a batida, seguida de incêndio que foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. Silço foi levado em estado gravíssimo para de Campo Grande e veio a óbito na tarde deste sábado (24). A informação é de que os caminhoneiros não sofreram ferimentos graves.

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