Preso no domingo (3) pelo furto de quase R$ 450 mil do cofre central de um banco na Rua Marechal Rondon, no Centro de Campo Grande, técnico de uma empresa de segurança atuava em várias agências de Mato Grosso do Sul. Ele teria facilitado o furto de R$ 700 mil em uma agência da Caixa Econômica Federal de Aquidauana, em outubro de 2021.

Investigado pela Polícia Federal, por ter feito reparos no sistema de segurança da agência na cidade do interior dias antes do furto, o autor teria ‘ajustado’ o sensor do alarme para facilitar o crime. Assim, ele teria deixado o alarme de presença menos sensível, para que os bandidos pudessem entrar sem que o sistema disparasse.

Foi assim que o grupo invadiu a agência e levou R$ 700 mil dos cofres, rendendo ao técnico R$ 170 mil. Com o dinheiro, ele comprou uma casa no Coophavila, onde mora, além de bancar uma viagem para praias de Santa Catarina com a família.

Preso preventivamente conforme decisão em audiência de custódia nesta quarta-feira (6), agora ele deve ser ouvido pela PF sobre outros furtos e tentativas. Conforme informações da Polícia Civil, o técnico em sistemas de segurança deu a identificação de um comparsa, que também trabalha no mesmo setor.

Ele ainda revelou que outros comparsas que participaram do crime seriam de outros estados e já teriam fugido após o furto à agência.

Furto de R$ 700 mil

O furto aconteceu no fim de semana dos dias 2 e 3 de outubro de 2021, em Aquidauana. O crime, no entanto, só foi descoberto quando os funcionários chegaram para trabalhar na segunda-feira.

O caso segue em investigações são feitas pela Polícia Federal e, no dia foi identificado que o sistema de segurança do banco tinha sido adulterado e as câmeras do circuito interno todas reorientadas. Assim, elas não registraram o momento do furto ou os autores.  

Do banco foram levados R$ 700 mil. A invasão à agência foi descoberta por uma funcionária da limpeza que chegou ao local por volta das 7h30 e ligou para o gerente contando que o banco tinha sido roubado. Ela encontrou a janela dos fundos da agência com sinais de arrombamento e um buraco na parede que separava a sala do cofre.

Preso em Campo Grande

Um trabalhador que prestava serviços de pintura na agência no fim de semana, na parte superior do prédio do banco, acionou o gerente avisando que a janela do banheiro dos clientes estava arrombada. O banheiro fica voltado para o estacionamento do prédio e é um local sem câmeras de monitoramento ou sistema de alarme.

Assim, o servidor verificou um buraco na parede do banheiro, que dava exatamente para a parte de trás do cofre central da agência. O cofre foi cortado e dinheiro foi levado do local, ao todo R$ 449.751,00. Imagens de câmeras foram analisadas e foi possível verificar que ao menos quatro pessoas atuaram no furto.

Após o furto, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros) foi acionado e identificou que os autores arrombaram a janela, entraram no banco e quebraram a parede do banheiro exatamente no local onde ficava o cofre. Depois, usaram uma serra de corte para violarem o cofre e fugiram com o dinheiro.

Na fuga teriam sido usados dois carros, um Prisma cinza e um Palio Weekend branco. Policiais do Garras conseguiram identificar a casa no Coophavila, onde um dos veículos estava estacionado. No entanto, foi apurado ainda que o morador tinha viajado para Aparecida do Taboado.

Outra equipe foi até a cidade do interior, onde o acusado foi encontrado e preso em flagrante. O suspeito confessou toda a prática do crime e ainda deu detalhes de como o furto era cometido, relembrando ainda outros casos. Ele mapeava as agências bancárias e as salas de cofre, para a quadrilha.