Nesta terça-feira (19), homem de 31 anos flagrado com uma pistola Glock e 37 munições durante a Operação Sintonia, teve prisão preventiva decretada. Ele cumpre pena por homicídio, em regime aberto, e foi determinado que ele continue detido.

Ainda foi feito pedido de liberdade provisória para o suspeito, que não foi aceito. Na audiência de custódia, foi determinado que o acusado permaneça preso, uma vez que foi flagrado com arma de fogo municiada, com carregador com 37 munições. Além disso, é reincidente, sendo que cumpre pena em regime aberto por homicídio.

O acusado tinha contra ele mandado de prisão expedido pelo Judiciário, no âmbito da Operação Sintonia. Ele foi detido por equipe do Batalhão de Choque durante os cumprimentos dos mandados, em apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A operação partiu da identificação de integrantes da facção e foi determinada a prisão de 67 membros, em várias cidades do Estado.

Pagou R$ 7 mil na pistola

O encanador, apontado pelo Gaeco como membro do PCC, foi encontrado na casa dos pais, na Vila Popular, onde a BMW foi localizada. No veículo, além da pistola municiada, os policiais localizaram mais 32 munições. Segundo o homem, ele comprou a arma por R$ 7 mil de um desconhecido em Ponta Porã.
Ele ainda afirmou que comprou a arma depois da casa de seu irmão ter sido invadida, mas falou que não saía com a pistola e que a deixava guardada em um quartinho na casa.

Operação Sintonia

Foi realizada na segunda-feira a Operação Sintonia, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ao todo foram cumpridos 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo.

Durante as investigações contra o PCC, foi identificado que, mesmo de dentro dos presídios, os faccionados mantinham contato com membros do lado de fora, com uso de celulares. Estes eram responsáveis por autorizarem, gerenciarem e coordenarem a prática de crimes como tráfico de drogas, porte de arma, roubo, sequestro e homicídios em Mato Grosso do Sul.

O Gaeco ainda identificou crimes relacionados à estrutura financeira do PCC, da movimentação criminosa da facção para angariar dinheiro ilícito, bem como punir e manter a disciplina dos faccionados que não seguiam as “diretrizes” da organização criminosa. Ou seja, aqueles que não pagassem as dívidas com o tráfico de drogas ou a arrecadação das ‘rifas’, mensalidades pagas pelos integrantes do PCC.