Duas crianças, menores de 6 anos, presenciaram quando o pai, de 46 anos, conhecido como ‘Kiko’, assassinou a esposa Ana Carolina Jara, de 26 anos, na noite de terça-feira (18) distrito Nova Itamarati, em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Antes de fugir, homem confessou crime a uma amiga da vítima.

Conforme a delegada responsável pelo caso, Thatiana Isabela Colombo, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher de Ponta Porã), o casal estava junto e possuiam dois filhos, sendo o mais de velho de 6 anos. As duas crianças presenciaram o crime.

O homem, que já tem passagens está, inclusive, com um mandado de prisão em aberto por lesão corporal. “Continua sendo procurado pela Polícia Civil. Ele possui mandado de prisão em aberto e não saiu da cidade, continua se escondendo”, declarou a delegada.

A amiga da vítima, a qual o autor confessou o assassinato logo após o crime, está sendo ouvida neste momento.

Corpo de Ana Carolina foi encontrado no quintal de casa

Feminicídio

Segundo informações, Ana Carolina tinha seis perfurações de faca no tórax e o corpo foi encontrado no quintal de casa pela polícia. Uma amiga de Ana Carolina chamou os policiais após o suspeito ter ido até à casa dela confessando o assassinato.

Logo após a confissão, ele fugiu. A polícia faz buscas por ‘Kiko’. O feminicídio aconteceu por volta das 23 horas, quando a amiga de Ana soube do crime. ‘Kiko’ tem passagens por lesão corporal dolosa, ameaça e violação de domicílio e já esteve preso em 2019.

Dados

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), com este, já são 34 casos de feminicídios (homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher) em Mato Grosso do Sul. Três a mais em relação ao ano inteiro de 2021.

A lei 13.104/15, mais conhecida como Lei do Feminicídio, alterou o Código Penal brasileiro, incluindo como qualificador do crime de homicídio o feminicídio.

Os altíssimos índices de crimes cometidos contra as mulheres, fazem com que o Brasil esteja entre os primeiros no ranking de violência contra mulher.