Os criminosos que invadiram a fazenda que fica em Capitán Bado, na fronteira com Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, arrendada pelo brasileiro Carmo Valdecir Da Costa, de 56 anos, fizeram duas famílias de reféns. Além da sua esposa e do filho, eles deixaram um casal de funcionários e mais uma criança sob a mira de armas.

Para conseguir libertar as duas famílias das mãos dos sequestradores, o brasileiro contou à polícia que teve que ir até a cidade para buscar cerca de 50 milhões que foram pagos como exigência para manter as cinco pessoas vivas. A fazenda fica na região do Aguará, 50 quilômetros antes de chegar ao centro de Capitán Bado, no departamento de Amambay.

O sequestro durou em torno de quatro horas, tempo suficiente, segundo o brasileiro para conseguir arrecadar o dinheiro. Segundo ele, a quadrilha era formada por quatro homens, que estava todos armados.

Eles invadiram a sede da propriedade, onde ele, a esposa e um filho pequeno dormiam em um quarto. Ainda segundo Carmo, na sala da casa estava a família do capataz e anunciaram o sequestro. Como não tinha dinheiro em casa, o brasileiro, que não revelou como conseguiu arrecadar o valor do resgate, teve que se deslocar até Capitán Bado.

De acordo com investigações da Polícia Nacional, o grupo que cometeu esse sequestro relâmpago seria o mesmo que atacou o fazendeiro brasileiro Roberto Perotti e toda a sua família , na fazenda Virgen de Caacupé, no bairro Ka’aguy Poty, também em Capitán Bado, em 12 de novembro de 2019.

Os agentes também acreditam que esse mesmo grupo está envolvido no sequestro e morte do fazendeiro brasileiro Dilson Bello dos Santos, em 26 de julho de 2019 na fazenda Bello, no bairro Cadete Boquerón, também na cidade que faz fronteira com Coronel Sapucaia.