Nove pessoas foram autuadas por exercício ilegal da profissão, três receberam orientações e duas foram encaminhadas para a delegacia para prestar mais esclarecimentos, durante uma conjunta realizada na manhã desta quarta-feira (13), pelo Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Procon-MS, Decon-MS e Ministério Público do Trabalho. Ação foi realizada em empresa de consórcio em .

Um casal que quase caiu no golpe estava prestes a entregar R$ 9 mil, quando a força-tarefa apareceu no local. “Foi muita sorte a fiscalização chegar aqui bem na hora, porque nem havíamos percebido que era um golpe”, disse o casal que preferiu não se identificar.

“Nós vimos um anúncio no Facebook de uma casa, mas quando chegamos aqui nos avisaram que na verdade era um financiamento de um terreno, como vimos que tinha CNPJ, achamos que estava tudo certo. Viemos hoje para dar entrada de nove mil reais, porque eles disseram que nos liberariam 200 mil reais em 30 dias”, complementa o casal.

Segundo a Decon, trata-se de um golpe que está “na moda”, no qual uma empresa oferece para as pessoas, via redes sociais, um “crédito imediato” ou “cota contemplada”, ou ainda “autofinanciamento”, que se trata de um contrato de consórcio, modalidade de crédito que depende de lance ou sorteio para a contemplação, tratando-se de golpe.

O coordenador de fiscalização do Creci-MS, Carlos Scarcelli, explica: “Estamos intensificando ações de fiscalizações que vêm sendo feitas desde o ano passado. Esse ano contamos também com a presença do Ministério Público do Trabalho, fazendo parte dessa operação conjunta, deixando a ação ainda mais produtiva. Foi muito importante a participação de todos, pois conseguimos evitar que consumidores sejam enganados”.

Carlos Scarcelli faz um alerta para a população: “Vai fazer a aquisição de um imóvel, verifique se o corretor tem inscrição no conselho”, ressalta.

A empresa será autuada pelo Procon por e má-fé, já que os vendedores de consórcios se utilizam de fotos na internet para vender um imóvel, que na verdade é um consórcio. Sem autorização do para vender o consórcio, a empresa terá 20 dias para apresentar defesa ao órgão de defesa do consumidor.

Conforme os fiscais do Ministério Público do Trabalho, foi identificado no local o “fenômeno da pejotização”, que é quando a empresa contrata as pessoas com MEI (Microempreendedor Individual), para ter menos encargos trabalhistas, e mascara o vínculo de emprego, já que na empresa as pessoas cumpriam horários, tinham metas e recebiam vale-transporte.

Denúncia

Corretores de Imóveis e a população em geral podem denunciar atuação ilegal e irregularidades. As denúncias são anônimas. WhatsApp para denúncia: (67) 9 9234-8680.